Ergo em silêncio
Como um pirata perdido
Minha negra bandeira e me sento
Mexo e remexo e me perco e adormeço
Nas ruínas da cidade submersa
Sonhando um mar que não conheço
Como não conheço as ondas do meu coração

Restaram que nem cinzas
Cicatrizes que tentei cobrir ainda com pudor
Na memória, tantas vagas
Que nem posso repetir ou explicar
Se me doeu, azar
Não quero saber de nada

Composição: Paulinho da Viola