Me quebrou o vidro dos olhos
Me fez chorar, me chorar
Quem o vidro dos meus olhos
Vai agora remendar?

Meu pranto ao Sol veraneio
Se fez chuva e retornou
Para molhar-te o cabelo
Cabresto que me dobrou

Bem querido, bem perdido
No meu destino de macho
Campeio o bem que me veio
Já nem o rastro lhe acho

Quem disse que homem não chora
A si próprio não entende
Quem teve os olhos quebrados
Não acha quem os remende

Tive tudo e tenho nada
Do teu amor que eu perdi
Quem quebra o vidro dos olhos
Abre cacimbas em si

Composição: Aparício Da Silva Rillo / Luiz Carlos Borges