Genuíno
Jari Terres
Genuíno homem tempo, tempo e homens peregrinos
Um por saber dos outros rumos outro sem saber do destino
Ao repisar velhos caminhos com olhos que lembram o campo
E entre esperas e cimento, descobrem o triste pelo o olhar de tantos
Genuíno verso claro, claro verso num poema
Pelo papel vida e palavra, pela voz a alma condena
Por reescrever na saudade as lidas páginas de um livro
Que a muito amarela em silêncio, na gaveta esquecido
Genuíno canto puro, puro canto por guitarra
No idioma das madeiras, altar que em paz se agarra
Na prece em pulsar no peito a imagem que outra fé traduz
Unida em três braços solitários que a sombra revela igual à cruz
Genuíno homem vida, vida e homem lado a lado
Um busca rumos pro futuro, outro preso ao passado
O novo pela pressa dos caminhos o próprio caminho não refaz
Falsos passos que se apagam sem ver a poeira que ficou pra traz
Genuíno tempo e homem puro verso genuíno
Guitarra pela voz que a alma condena qual a cruz pra um peregrino
Que busca os rumos pro futuro sem apagar no passado
Os passos impressos no caminho vida e tempo, homem lado a lado
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