Com Alma de Campo (part. Juliano Gomes)
Luiz Marenco
Rancho de tábua fronteiro, atilho firmando a guincha
Nascer do sol que relincha com olhos de recolhida
Ritual da estância na lida na hora de um buenos dias
Mas segue escondendo a cria na espera da recorrida
Ao trote, cruzo a invernada que faz divisa com o passo
E, manso, sigo o compasso da melodia assoviada
Pra revisar as aguadas e o bordonear do alambrado
Perigo de um atolado nos meses de chuvarada
Manhã de vento soprando, faz um floreio no pala
E o som do campo não cala pra quem recorre tiflando
É como tropear cantando, se traz alguém pro costado
Mirando somente o gado e algum terneiro berrando
Manhã de vento soprando, faz um floreio no pala
E o som do campo não cala pra quem recorre tiflando
É como tropear cantando, se traz alguém pro costado
Mirando somente o gado e algum terneiro berrando
E o dia se para pouco nas volta' de uma atracada
Vaquilhona Zebuada com ganas de ganhar grota
Quase que se descogota na pontaria do braço
É pingo cinchando o laço e puro afirme nas botas
A noite boleia a perna à espera de um novo dia
E uma cambona que chia num fogo manso de aroeira
O lombo cala as basteiras na ringideira das horas
E uma linda na memória que o pensamento ponteia
A noite boleia a perna à espera de um novo dia
E uma cambona que chia num fogo manso de aroeira
O lombo cala as basteiras na ringideira das horas
E uma linda na memória que o pensamento ponteia
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