Lobisomem
Djavan
Pelo vento frio que começou a bater
Pela paz interior do gado
Descuidado caiu do céu um pingo
Vai chover
Sou um bicho perdido
Um ser acuado num canto do abrigo
Um lobisomem
Adorada distante noite escura
Onde Deus se flagra imaginando
Oh! Que dor me dá de ver a terra se ferrar
Tá no índio, no grego
Na pele do mundo
A mancha envenenada do ciúme
Assisto tudo sem ver
Sem interesse maior
Vivo longe de casa e nunca pensei em voltar
Assisto tudo sem crer
Nada que vejo é pior
Longe da minha amada
Nem Deus, nem nada me toca
Dia triste, quantos ais
Onde estás, oh meu amor?
Com quem mais posso pensar no esplendor
Dia triste, dor a mais
Esplendor que se desfaz
Noutros ais
Quando se sofre de amor
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