Olhares tão negros não metem medo em almas iradas
Mãos fechadas prendem fogo e raiva e enrijecem a vida
E quem disse que não tenho prazer
E quem disse que não quero poder
Talhos nos dedos sangrando na terra mostram dor e trabalho
Passos pesados constantes e antigos enrijecem com o tempo
E quem que disse que não tenho prazer
E quem que disse que não quero poder
Rostos marcados de vida mostram orgulho e respeito
Atitudes voltadas pra si sempre impõem o medo
E quem disse que não tenho prazer
E quem disse que não quero poder
E quem disse que sofrer é morrer
E quem disse que respirar não é viver