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Caracolu di brame

A Filetta

Caracolu di brame

D'un amore chì si cerca,
Ma chì s'imbriaca d'odiu
Quand'ogni fiume si assecca,
Sà e ferite tamante
Cù e carne negre è frante
L'altru hè visu di bambace
Chì face da mizianu
Trà u sonniu chì si face
È u basgiu più grazianu.
Sà e spere di l'attrachju
Quandi a pena face spachju.
L'orma di l'omu s'avanza
À u sugliare d'un mazzone,
Da ritruvà ogni stanza,
Poi leghje à bughjone

Labyrinthiques désirs

Une passion se cherche qui s'enivre de haine.
Des fleuves se tarissent quand hurlent les lointains.
Cortèges d'ombres revêches, chairs ambrées qui périssent.
Mais il y a ce visage, porteur d'un sourire chaste
Interposant ses formes entre rêves et mirages,
Entre suies et brasiers.
Il sait des crépuscules qui sont d'amples promesses
Il sait des pas complices au détour des manoirs,
Des étreintes qui durent quand le désir acquiesce
Et rit des orbes noirs

Caracolu di brame

De um amor que se busca,
Mas que se embriaga de ódio
Quando cada rio seca,
Sabe das feridas tão grandes
Com a carne negra e frágil
O outro é visto como um bicho
Que faz de menino
Entre o sonho que se forma
E o beijo mais gracioso.
Sabe das esperas do desejo
Quando a dor faz estrago.
A marca do homem avança
Ao som de um trovão,
Pra encontrar cada canto,
Depois lê em sussurros.

Desejos labirínticos

Uma paixão se busca que se embriaga de ódio.
Rios se secam quando gritam os distantes.
Cortejos de sombras ranzinzas, carnes ámbar que perecem.
Mas há esse rosto, portador de um sorriso puro
Interpondo suas formas entre sonhos e miragens,
Entre fuligens e brasas.
Ele sabe de crepúsculos que são amplas promessas
Ele sabe de passos cúmplices na esquina dos casarões,
Dos abraços que duram quando o desejo concorda
E ri dos orbes negros.

Composição: Marcellu Acquaviva Musique : Bruno Coulais / Texte