O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

E é por isso que o campeiro se agasalha
Porque sabe que não falha a previsão de vaqueano
Mesmo aragano, sabe que é dura a peleia
Quando a tempito se enfeia pro lado dos castelhano'

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

Isto é costume da gente lá da fronteira
Gente boa, sem fronteira, que observa a Natureza
É sutileza do peão e está provado
Se armando pra aquele lado, chove chuva com certeza

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

A vida é um tempo, temporal, vento maleva
E a vida que a gente leva leva o tempo pela mão
Meu bom patrão, que alegria se eu previsse
Que a chuva do amor caísse nos ranchos do meu rincão

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

O tempo se armou de fato
Lá pra o lado do Uruguai
Vai chover barbaridade
E, sem poncho, ninguém sai

Composição: Adair De Freitas