Minha mão
Se ela não tocar em dedos que me valham bem
Continuará aberta, atenta, pronta, certa de que dedos
Não lhe faltarão para tocar

Os meus dedos sãos e soltos
São bem soltos sobre minha mão
Tato à toda prova

Mas chego a ficar contente
De não mais tocar na mão de que não mereça

Minha mão acena, aperta forte
Faz carinho, cura ou abre o corte
Bem merece, eu exculpo e ergo a casa
Se, ao contrário, a mesma mão te abandona

Composição: Adeildo Vieira