No caminho do amanhã
Obatalá
É a luz que vem do céu
Clareia
Vem de Benguela o clamor de liberdade
Barroca pede tolerância e igualdade

Axé, Tereza
Divina alteza meu tambor foi te chamar
Sua luz nessa avenida
Incorpora a chama yabá
Da magia irmanada por odé
Não sucumbe a fé, traz a luta de Angola
E a corrente arrastou pro sofrimento
Um sentimento, valentia quilombola
Reluz o ouro que brota em seu chão
Desperta ambição, mas há de raiar o dia
Do Guaporé ser voz de preservação

Em plena floresta
Auê auê
Resistência na aldeia
Quariterê
Na mata, sou mestiço, guardião
O meu grito de guerra é por libertação

O nosso canto não é apenas um lamento
A coragem vem da alma de quem ergueu o parlamento
Do castigo na senzala à miséria da favela
O povo não se cala, oh Tereza de Benguela
Vem plantar a paz por essa terra
A emoção que se liberta
E a pele negra faz a gente refletir
Nossa força, nossa luta
De tantas Terezas por aí

Composição: Acerola de Angola / André Valencio / Ermino / Jairo Roizen / Marcos Thiago / Morganti / Pixulé / Sukata / Tubino Meiners