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Conte-me

Alejandro Filio

Cuantame

Cuéntame
el viejo cuento de tu fe,
las tantas cosas que aprendiste
aquella vez.

Cuéntame
las que te duelen, las que siempre dolerán,
las que no entienden, las que no dejan volar
las dueñas de esta voz y el mar.

De tanto cuento y de cantar
no sé si voy por donde vas,
no sé si estoy para contar
para contarte alguna más.

Cuéntame
lo que esperabas, lo que nunca sucedió,
tu tierra firme, tu cimiento, tu motor
tu apuesta al porvenir, tu amor.

Cuéntame
cuando supiste del calor, de la humedad,
cuando te armaste o desarmaste a la verdad,
después de imaginar.

Cuéntame
lo que no deja que te arrimes hasta el sol
de la balanza favorable a la razón,
a toda razón.

Conte-me

Conte-me
a velha história da sua fé,
as tantas coisas que você aprendeu
naquela vez.

Conte-me
as que te machucam, as que sempre vão doer,
as que não entendem, as que não deixam voar
as donas dessa voz e do mar.

De tanto conto e de cantar
não sei se vou pra onde você vai,
não sei se estou aqui pra contar
pra te contar mais alguma.

Conte-me
o que você esperava, o que nunca aconteceu,
sua terra firme, seu alicerce, seu motor
a sua aposta no futuro, seu amor.

Conte-me
quando você soube do calor, da umidade,
quando você se armou ou desarmou da verdade,
depois de imaginar.

Conte-me
o que não deixa você se aproximar até do sol
da balança favorável à razão,
a toda razão.

Composição: