395px

Horizontes

Alessandro Esseno

Orizzonti

Sopra i tetti, fra le antenne
guardo il sole e mi sento strano,
perchè non lo sò..

Poi di colpo torno giù,
tra le macchine, i palazzi,
la gente, la vita che fugge via.

E dal muto universo, le prime stelle scintillano già.

Splendi sole sulla terra, che non riesce a trovar pace,
per chi dorme nei cartoni, per chi non lo sà se mangerà,
brilla almeno tu, che non costi niente.

Dove la città si sbriciola, fra i tralicci in mezzo ai campi,
cammino, dove non lo sò..

Io che non sono mai partito, sono sempre stato quì,
dove non fui mai.

Splendi sole su di noi, dentro queste nostre vite,
certi giorni disperati, con le mani fra i capelli,
poi tra le nubi, un raggio di luce.

Splendi sole su di noi, tutti soli a questo mondo,
in quest'universo immenso, sensa un senso, senza un perchè,
brilla almeno tu, che ritorni sempre.

Horizontes

Sopra os telhados, entre as antenas
vejo o sol e me sinto estranho,
porque não sei..

Então, de repente, volto pra baixo,
entre os carros, os prédios,
a galera, a vida que escapa.

E do universo mudo, as primeiras estrelas já brilham.

Brilha sol sobre a terra, que não consegue encontrar paz,
para quem dorme em papelão, para quem não sabe se vai comer,
brilha pelo menos você, que não custa nada.

Onde a cidade se despedaça, entre os postes no meio dos campos,
caminho, onde não sei..

Eu que nunca parti, sempre estive aqui,
donde nunca estive.

Brilha sol sobre nós, dentro dessas nossas vidas,
certos dias desesperados, com as mãos nos cabelos,
depois entre as nuvens, um raio de luz.

Brilha sol sobre nós, todos sozinhos neste mundo,
nesse universo imenso, sem sentido, sem porquê,
brilha pelo menos você, que sempre volta.

Composição: