Eu queria cantar-te um fado
Que toda a gente, ao ouvi-lo
Visse que o fado era teu
Fado estranho e magoado
Mas que pudesses senti-lo
Tão na alma como eu

E seria tão diferente
Que, ao ouvi-lo, toda a gente
Dissesse quem o cantava
Quem o escreveu não importa
Que eu andei de porta em porta
Para ver se te encontrava

Eu hei-de pôr, nalguns versos
O fado que há nos teus olhos
O fado da tua voz
Nossos fados são diversos
Tu tens um fado, eu tenho outro
Triste fado temos nós

Composição: António Sousa Freitas / Franklim Godinho