395px

Justiça Criolla (part. Carlos Dante)

Alfredo de Angelis

Justicia Criolla (part. Carlos Dante)

Han venido a prenderme
Ya estoy listo
La cárcel para el hombre
No hace mal

Aquí me tienen
Ya no me resisto
Estoy vengado soy el criminal

Al fin pude ahogar
Mis hondas penas
Que me importan
De las otras que vendrán
Yo no he de lamentar
Mis horas buenas
Las malas como vienen
Ya se irán

Antes permitan que estampé
Un beso a mi pobre hijita
Que ha quedado huerfanita
En el seno del hogar

Venga un abrazo mi nena
Quédese con la vecina
Su padre va hasta la esquina
Prontito ha de regresar

Vamos pronto oficial
Y no se asombre
Del llanto que en mis ojos
Usted ve
Ya le he dicho
La cárcel es para el hombre
Y allá voy
Aunque en ella moriré

Es que pienso
En este ángel que yo dejo
Y mi lágrima
Ha abierto sin querer

Por lo demás
Ya le dije
Mi pellejo
Piense que poco
Y nada ha de valer

Mañana cuando ella moza
Sepa el final de su madre
Qué no crea
Que fue el padre
Un borracho, un criminal

Díganle que yo la he muerto
Porque fue una dibertina
Haga el favor mi vecina
Vamos señor oficial

Justiça Criolla (part. Carlos Dante)

Vieram me prender
Estou pronto
A prisão para o homem
Não faz mal

Aqui me têm
Já não resisto
Estou vingado, sou o criminoso

Finalmente pude afogar
Minhas profundas mágoas
Que me importam
Das outras que virão
Não lamentarei
Minhas horas boas
As ruins, como vêm
Logo se irão

Antes permitam que eu dê
Um beijo em minha pobre filhinha
Que ficou órfã
No seio do lar

Venha um abraço, minha menina
Fique com a vizinha
Seu pai vai até a esquina
Logo há de retornar

Vamos logo, oficial
E não se surpreenda
Com o choro que em meus olhos
Você vê
Já lhe disse
A prisão é para o homem
E lá vou eu
Embora nela morrerei

É que penso
Neste anjo que deixo
E minha lágrima
Abriu sem querer

De resto
Já lhe disse
Minha peleja
Pense que pouco
E nada há de valer

Amanhã, quando ela moça
Souber o fim de sua mãe
Que não pense
Que o pai
Era um bêbado, um criminoso

Diga-lhe que eu a matei
Porque foi uma desavergonhada
Faça o favor, minha vizinha
Vamos, senhor oficial

Composição: Francisco Brancatti