Migalhas de vidas plantadas ao chão
Jogados na vida milhares estão
Milhares de lábios doados a quem
A quem usa as suas palavras em vão
Palavras que encantam e que desiludem
No peito uma mágoa me faz esquecer
Faz esquecer todo o meu desalento
A cada momento que se quer viver

Porque na contramão não quero mais ficar
Deixar um dilema a desencadear
Talvez correr atrás de um amor singular
Em vez de o mundo enfrentar

Nas entrelinhas procuro saber
Procuro uma pista que possa dizer
Que diga então o que se há de encontrar
Se há armadilhas em todo lugar
Em cada canto em cada canção
Há uma resposta e uma interrogação
Em cada esquina migalhas de pão
Flagelos humanos se alimentarão (Refrão)

Em jogo o destino o destino em mãos
Em mãos o abismo da incompreensão
Os pés que tropeçam em passos desleais
Os pés que se afirmam em imperfeições.

Composição: Marcus Vinícius Morais