395px

Todos os Santos

An Danzza

Todos Los Santos

Era la vigila de todos los santos
un vivo fue a pescar donde los fuegos fatuos
brillaban traslúcidos en el manantial

cerca, un cortejo contempló en el bosque
peregrinación, doncellas engalanadas,
aureolas de lirios en flor

Vamos a la ronda, ven, sígueme
bebe de este vino y acompáñame
a la espesa fronda , en la noche en que
todos los difuntos se ponen de pie

almas errantes ¿Quién decís ser?
blancos sudarios cubren vuestra piel
me ofrecéis joyas, manjares de rey
del carruaje no tira ningún corcel
mujeres, hombres y niños os conjuráis
con místicos cantares sin cantar
desasosiego, aciaga confusión
estoy ciego, y herido mi corazón

(Morte eterna)

Aquel hombre vio a una muchacha que había muerto el año anterior
y, luego, uno tras otro, fue reconociendo a muchos de sus amigos fallecidos tiempo atrás.
Intentó escapar de ellos pero no pudo pues danzaron en círculo a su alrededor
y lo tomaron de los brazos, intentando atraerlo hacia su baile.
Y allí mismo, delante de ellos, cayó desmayado hasta el día siguiente,
en que se encontró tendido sobre la colina
Aunque el contacto con los muertos había ennegrecido sus brazos,
no encontró rastro alguno del oro que le habían entregado.

Triste, volvió a su casa casi sin aliento
llorando el dolor, engañado y herido
con un frio intenso en el corazón

Vamos a la ronda, ven, sígueme
bebe de este vino y acompáñame
a la espesa fronda, en la noche en que
todos los difuntos se ponen de pie

Vamos a la ronda...

Todos os Santos

Era a vigília de todos os santos
um vivo foi pescar onde os fogos-fátuos
brilhavam translúcidos na fonte

perto, um cortejo contemplou na floresta
peregrinação, donzelas enfeitadas,
aureolas de lírios em flor

Vamos à roda, vem, me segue
bebe deste vinho e me acompanha
na densa folhagem, na noite em que
todos os defuntos se levantam

almas errantes, quem vocês dizem ser?
lençóis brancos cobrem sua pele
e me oferecem joias, manjares de rei
do carruagem não puxa nenhum corcel
mulheres, homens e crianças se conjuram
com cânticos místicos sem cantar
desassossego, confusão sombria
estou cego, e meu coração ferido

(Morte eterna)

Aquele homem viu uma moça que havia morrido no ano anterior
e, então, um após o outro, foi reconhecendo muitos de seus amigos falecidos há tempos.
Tentou escapar deles, mas não conseguiu, pois dançaram em círculo ao seu redor
e o agarraram pelos braços, tentando atraí-lo para sua dança.
E ali mesmo, diante deles, caiu desmaiado até o dia seguinte,
quando se encontrou deitado sobre a colina.
Embora o contato com os mortos tenha escurecido seus braços,
não encontrou vestígio algum do ouro que lhe haviam dado.

Triste, voltou para casa quase sem fôlego
chorando a dor, enganado e ferido
com um frio intenso no coração

Vamos à roda, vem, me segue
bebe deste vinho e me acompanha
na densa folhagem, na noite em que
todos os defuntos se levantam

Vamos à roda...

Composição: Andrés Campuzano