Carbón

Carvão

Carbón

Seu nome rimava com o meuSu nombre rimaba con mina
Seu pai era mineiroSu padre era minero
Ele sempre disse a ela e ao seu cabeloSiempre decía a ella y a su pelo
O perigoso que é o carvãoLo peligroso que es el carbón

Todas as noites ele repetiaCada noche repetía
E nem com isso conseguiuY ni con eso conseguía
Aquecer as mãosCalentarse las manos
Depois do dia de trabalhoTras el día de labor

De criança sempre uma marca de carvão na bochechaDe pequeña siempre una marca de carbón en la mejilla
O carinho que ele deixava toda vez que voltavaLa caricia que dejaba cada vez cuando volvía
E este sempre suportou noite e diaY esta siempre aguantaba noche y día
Uma marca no erequé, mesmo que queira, não se esqueceUna marca negra que, aunque quiera, no se olvida

Todas as noites ele repetiaCada nochе repetía
E nem com isso eu conseguiY ni con eso consеguía
Aquecer as mãosCalentarse las manos
Depois do dia de trabalhoTras el día de labor

Aquele ano foi difícil, percebeu-seAquel año fue duro, se notó
Havia alta demanda por carvãoHabía alta demanda de carbón
Os turnos na mina foram dobrandoLos turnos en la mina se doblaban
O pai não chegavaEl padre no llegaba
O Balde o fogo e seu cheiroAl cazo, la lumbre y su olor

Todas as noites quando ele voltavaCada noche cuando volvía
Ainda estava frio e frio se sentiaSeguía frío y frío se sentía
E lá no fundo eu ficavaY muy dentro se me quedaba
Agravando minha dorAgravando la pena mía

O trabalho não perdou um sò diaEl trabajo no perdonó un solo día
Minha pequena Catalina o sofreuLo sufrió mi pequeña Catalina
Durou tanto como o tempo que restava ao meu mineiroDuró tanto como tiempo le quedaba a mi minero
Com a primavera o fogo foi emboraCon la primavera se marchó el fuego

Naquela noite não houve carvãoEsa noche no hubo carbón
Não havia prato, fumaça ou calorNo hubo plato ni humo ni calor
Só ternos pretos, mãos friasSolo trajes negros, manos frías
Que eu mantenho para sempre nesta músicaQue para siempre guardo en esta canción