No meio da massa
Ecoa o bumbo, vem Zé Pereira
No peito e na raça
Sou Mancha Verde guerreira!
De qualquer maneira
Levando a vida como ela vier
E agora José?
Segura esse povo com samba no pé
José, meu nome é. Muito Prazer!
Mas se quiser, pode chamar apenas Zé
Mantenha respeito, não sou um qualquer
Sujeito de fé!
Na gira quem ronda as esquinas
Um homem sagrado
E abençoado pelo criador
De caridade e amor
E se puxar pela memória
O imortal cravado na história
Sabes bem, meu Brasil, no calor da disputa
Esse filho teu não foge à luta!
Na linha de frente, ginga o capoeira
Há luz no horizonte
É a liberdade que reina
No campo das artes
Modéstia à parte
Também sou cultura!
O bom malandro
O gênio sem medo
Sou popular, sou literatura
Do Oiapoque ao Chuí, Evoé
Como têm Zés por aí!
Em cada canto, casas, botequins
Bem ou mal, mas falem de mim