Nos rincões de uma terra encantada por ambições
Desenterra um barulho aterrorizador
Não respeita nada nem se importa com a morte
Surgiu como tudo do homem: Descoberta
Formou-se como a maioria no país: Exploração

Montaram rotas de ferro com dinheiro alheio
Pagamos caro a bem do escoamento
Aqui não cresce nada, somente jaz e morre
Nascentes Gerais, poentes anil

Cultivam, sim, às margens das brechas de viagens
Enormes encobridouros
Além, é claro, desses darem sombras e oxigênio

Restam aos rastros da degradação
Aguardar que a mãe trabalhe em silêncio por poucos mil anos
A fim de reparar os causados danos
E a quem se foi por miséria ou desgosto
Agonizar com sangue no rosto, com sangue no rosto agonizar
Com sangue no rosto agonizar
Com sangue nos rosto até se encontrar

Composição: Ângelo Márcio