395px

Lembrando de Você (part. Carlos Olmedo)

Anibal Troilo

Recordándote (part. Carlos Olmedo)

Indignado por el opio
Que me diste tan fulero
Francamente estoy cabrero
Y jamás olvidaré

Que una noche embalurdao
Te juré que te quería
Mucho más que el alma mía
Y que a mi madre también

Te acoplaste al cotorro
De este bate arrabaleo
Y te juro hasta diquero
Por tenerte se volvió

Se acabaron las verseadas
De mi numen peregrino
O si era el verso más divino
Llevarte en mi corazón

Y en mis noches de lirismo
Por los tristes arrabales
Rimé en tiernos madrigales
Que a tu lado deshoje

Puse vida en cada estrofa
Mi amor, mi paz y ventura
Y la inefable ternura
En tu alma, de mujer

Cuantas veces en mi triste
Bulincito de poeta
Una lágrima indiscreta
Fuertivamente cayó

Y pensé que eras el sueño
Más intenso de mi vida
Por que aún sangra la herida
Que tu espiante me causo

Vos que sabes el secreto
De lo mucho que he sufrido
Decime, quien te ha querido
Con más inmensa pasión

Y del fondo de tu alma
Silenciosa, cruel y cruda
La hiriente verdad desnuda
Me dirá tu desamor

Lembrando de Você (part. Carlos Olmedo)

Indignado com o ópio
Que você me deu tão safado
Francamente tô puto
E nunca vou esquecer

Que numa noite chapado
Te jurei que te amava
Muito mais que a minha alma
E que a minha mãe também

Você se encaixou no barraco
Desse bate arrabalero
E te juro até de brincadeira
Por te ter, tudo mudou

Acabaram-se as rimas
Do meu numen peregrino
Ou se era o verso mais divino
Te levar no meu coração

E nas minhas noites de lirismo
Pelos tristes subúrbios
Rimei em ternos madrigais
Que ao seu lado desfolhei

Coloquei vida em cada estrofe
Meu amor, minha paz e sorte
E a inefável ternura
Na sua alma, de mulher

Quantas vezes no meu triste
Cantinho de poeta
Uma lágrima indiscreta
Caiu forte sem parar

E pensei que você era o sonho
Mais intenso da minha vida
Porque ainda sangra a ferida
Que sua ausência me causou

Você que sabe o segredo
Do quanto eu já sofri
Me diz, quem te amou
Com mais imensa paixão

E do fundo da sua alma
Silenciosa, cruel e dura
A hiriente verdade nua
Vai me dizer do seu desamor

Composição: José de Grandis