Ventanita de Arrabal (part. Tito Reyes)
En el barrio Caferata
En un viejo conventillo
Con los pisos de ladrillo
Minga de puerta cancel
Donde van los organitos
Sus lamentos rezongando
Está la piba esperando
Qué pase el muchacho aquél
Aquel que solito
Entró al conventillo
Echao en los ojos
El funyi marrón
Botín enterizo
El cuello con brillo
Pidió la guitarra
Y para ella cantó
Aquel que un domingo
Bailando, en un tango
Le dijo bajito
Me muero por vos
Aquel que su almita
Arrastró por el fango
Aquel que a la reja
Más nunca volvió
Ventanita del cotorro
Donde solo hay flores secas
Rinconcito abandonado
Desde el día en que se fue
El rocío de tus hojas
La garúa de la ausencia
Con el dolor de un suspiro
Tu tronquito deshojo
Janelinha do Subúrbio (part. Tito Reyes)
No bairro Caferata
Num velho cortiço
Com os pisos de tijolo
Minga de porta de entrada
Onde vão os organistas
Seus lamentos resmungando
Está a garota esperando
Pra ver aquele rapaz passar
Aquele que sozinho
Entrou no cortiço
Com um olhar
De funyi marrom
Com um macacão
O colarinho brilhando
Pediu o violão
E pra ela cantou
Aquele que um domingo
Dançando, num tango
Disse baixinho
Tô morrendo por você
Aquele que sua alma
Arrastou pela lama
Aquele que na grade
Nunca mais voltou
Janelinha do cotorro
Onde só tem flores secas
Cantinho abandonado
Desde o dia em que ele foi
O orvalho das suas folhas
A garoa da ausência
Com a dor de um suspiro
Seu tronquinho desfolhado
Composição: Pascual Contursi