Quando a mocidade lhe deixar um dia
Na solidão, sofrendo a nostalgia
Ao relembrar o mal que lhe causou
Serei feliz, porque feliz eu nunca fui na vida
Minh’alma sempre foi desvanecida
Esquecerei o tempo que passou

Quando a formosura lhe abandonar
E a consciência um dia lhe chegar
Roubando todo o seu deslumbramento
Daí então, gargalharei
Porque eu sei sofrer
Nasci assim, portanto hei de morrer
Viver alegre é meu contentamento

Quem faz o bem, recebe sempre o mal
Quem neste mundo tem o ideal
De viver sempre a sorrir, há de sofrer
Jesus também sorrindo, foi martirizado
E no calvário foi crucificado
A suportar a dor e a resistir até morrer

Mas aquele Deus, tão grande e poderoso
Nunca foi no mundo, orgulhoso
Pois morreu contrito a perdoar quem lhe feria
Eu sou diferente no meu coração
Guardo rancor de sua ingratidão
Minh’alma ao relembrar
Jamais perdoaria

Quando a formosura lhe abandonar
E a consciência um dia lhe chegar
Roubando todo o seu deslumbramento
Daí então, gargalharei
Porque eu sei sofrer
Nasci assim, portanto hei de morrer
Viver alegre é meu contentamento

Composição: José Luiz da Silva / José Rezende