Devuélvemelo

No sé qué pasaría si mi cabeza estalla
Si tirarían del carro o tirarían la toalla
Pero tengo un mosquito que me pica a todas horas
Un verdugo que pa' que no llore me degüella

Una piel tan fina que algodones me desuellan
Una lista negra donde mis sesos se cuelan
Zona por donde paloma blanca nunca vuela
Chernóbil y su pata de elefante se me quedan cortas

Y a quien voy a engañar
Si me sacas de la pena y no sé escribir ni un compás
Quizás este es el precio y no pasar por el altar
Estoy llena de vacío, pero al menos tengo métrica

Ya lo dije anteriormente
No sabes lo que duele hacer negocios con la muerte
Dejándote el aliento suplicando que te lleve
Como un completo egoísta que no sabe lo que tiene

Devuélvemelo, devuélveme, devuélvete
Vuélvemelo, devuélveme, devuélveme
Devuélvemelo, mi tiempo, mi tiempo

Devuélvemelo, devuélveme, devuélvete
Vuélvemelo, devuélveme, devuélveme
Devuélvemelo, mi tiempo, mi tiempo

He abierto la corteza y hoy al aire esta mi mente
Y aunque este al descubierto nunca verás un se vende
No tengo reseñas porque a nadie se le ocurre
Visitar mi lúgubre avenida del desastre
Tú llámame insensible, tú llámame cobarde
Soy abeja libre, Dios me libre del enjambre

¿No ves que en esta jaula ya no queda casi nadie?
Para comer tu alpiste prefiero morir de hambre
Es como, intervenir a un suicida, que no le cabe otra salida
Nadie le cose la herida, se come las tripas, se bebe la orina

Un pie en el andén y otro en la adrenalina
Dile a tu prima, vecina o amiga
Que nadie por llamar la atención se tira
Roma no quiso acabar en la ruina

Le pudo el complejo, le pudo la ira
Me pudo el despecho, se me fue la pinza
Tú eres la corriente, yo barco a deriva
Prefiero palmarla de día

Prefiero palmarla de día
La noche mi fiel compañera de esgrima
La única mujer por la que mataría
Aunque a la intemperie sea gélida y fría

Me hace sentirme tan mía
Me hace sentirme tan mía
Se vuelve pecado tener melanina
Que vivo a mi modo sin hipocresía

Ya lo dije anteriormente
No sabes lo que duele hacer negocios con la muerte
Dejándote el aliento suplicando que te lleve
Como un completo egoísta que no sabe lo que tiene

Devuélvemelo, devuélveme, devuélvete
Vuélvemelo, devuélveme, devuélveme
Devuélvemelo, mi tiempo, mi tiempo

Devuélvemelo, devuélveme, devuélvete
Vuélvemelo, devuélveme, devuélveme
Devuélvemelo, mi tiempo, mi tiempo

Devolva Para Mim

Não sei o que aconteceria se minha cabeça explodisse
Se a jogariam para fora do carro Ou se puxariam a toalha
Mas tenho um mosquito que me pica o tempo todo
Um carrasco que corta minha garganta para que eu não chore

Uma pele tão fina que o algodão me esfola
Uma lista negra onde meu cérebro entra
Área onde a pomba branca nunca voa
Chernobyl e sua perna de elefante nem se comparam

E a quem vou enganar?
Se me tira da minha tristeza e eu não sei escrever nem um compasso
Talvez este seja o preço e não passar pelo altar
Estou cheia de vazio, mas pelo menos tenho métrica

Eu já disse isso antes
Você não sabe o quanto dói fazer negócios com a morte
Deixando-lhe sua respiração e implorando-a para te levar
Como um egoísta completo que não sabe o que tem

Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, meu tempo, meu tempo

Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, meu tempo, meu tempo

Abri meu córtex e hoje minha mente está no ar
E mesmo que esteja descoberta você nunca verá um à venda
Não tenho críticas porque ninguém pensa em
Visitar minha lúgubre avenida do desastre
Você me chama de insensível, me chama de covarde
Sou uma abelha livre, Deus me liberte do enxame

Você não vê que nesta gaiola quase não resta mais ninguém
Entre comer teu alpiste prefiro morrer de fome
É como intervir em um suicídio, que não lhe cabe outra saída
Ninguém costura a ferida, come as tripas, bebe a urina

Um pé na plataforma e o outro na adrenalina
Conte para sua prima, vizinha ou amiga
Que ninguém se joga para chamar a atenção
Roma não queria acabar em ruínas

O complexo levou a melhor, a ira levou a melhor
O rancor levou a melhor sobre mim, perdi o controle
Você é a corrente, eu barco a deriva
Prefiro morrer de dia

Prefiro morrer de dia
A noite é minha fiel companheira de esgrima
A única mulher pela qual mataria
Embora ao ar livre seja gelada e fria

Isso me faz sentir tão minha
Me faz sentir tão minha
Torna-se pecado ter melanina
Que vivo do meu jeito sem hipocrisia

Eu já disse isso antes
Você não sabe o quanto dói fazer negócios com a morte
Deixando-lhe sua respiração e implorando-a para te levar
Como um egoísta completo que não sabe o que tem

Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, meu tempo, meu tempo

Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, me devolva, me devolva
Devolva para mim, meu tempo, meu tempo

Composição: