Eu não sei
Se aquela moça gosta tanto assim de mim
Se o seu sorriso escapa ao meu olhar
Se, ao se deitar,
Ciumenta a lua sobe aos céus pra se mostrar, mas

Eu não sei
Se o seu silêncio espera o esboço da canção
Se o sim e o não disputam pelo seu talvez,
Eu não sei
Se era o tempo um ladrão solto em mim
Preso aos olhos dela, passando por nós

Quem sabe a moça sonhe o verso que eu tramei
Talvez calando a voz e a vez da solidão
Desvendando o que eu pensava
Tão quieto como o dia

Deve ser
Que entre o poeta e o tempo exista a condição
Que a vida oculta e a noite vem velar
De não deixar
Qualquer vestígio sobre o véu do nome dela

Ou talvez
Se apaixonado eu me atrevesse a lhe escrever
Já perdoado entre os poetas
Eu talvez fosse enfim
No seu corpo um autor
Desta canção de amor

Composição: Bruno De La Rosa / Marcos Alma