Véspera do Para Sempre

Eve of Forever

Sometimes years change nothing, and sometimes one day changes everything. And that day has come. When racial and economic dichotomy, are one in the fucking same, and a line has been drawn, head down, eyes to the ground. Inveterate culture, costumary conservatism. Where survival is costly, but carelessness is affordable by all. Where communities are gated, architecturally fragmented. Nestled in the gears of cyclical entrapment, predisposed to rise and fall like clockwork. Prepackaged for convenience, propagated for stability. Romance conceptualized, morality predefined. When a knee is broken at the bone, and the instincts bred say leave it alone. Afraid to lose tomorrow to yesterday, many make their beds with illusions and silent addictions. Ten thousand years in the making, twenty scores in creating, we all play a part in our own alienation, we are all a stroke in a bigger picture. So here we are, sitting on the edge of it all, waiting for the sun to rise.

Véspera do Para Sempre

Às vezes, anos não mudam nada, e às vezes um dia muda tudo. E esse dia chegou. Quando a dicotomia racial e econômica é a mesma porra, e uma linha foi traçada, cabeça baixa, olhos no chão. Cultura inveterada, conservadorismo habitual. Onde sobreviver custa caro, mas a negligência é acessível a todos. Onde comunidades são cercadas, arquitetonicamente fragmentadas. Aninhadas nas engrenagens de um aprisionamento cíclico, predispostas a subir e descer como um relógio. Pré-embaladas para conveniência, propagadas para estabilidade. Romance conceitualizado, moralidade pré-definida. Quando um joelho é quebrado até o osso, e os instintos criados dizem para deixar pra lá. Com medo de perder o amanhã para o ontem, muitos fazem suas camas com ilusões e vícios silenciosos. Dez mil anos em construção, vinte gerações criando, todos nós temos um papel na nossa própria alienação, somos todos um traço em um quadro maior. Então aqui estamos, sentados na beira de tudo, esperando o sol nascer.