Jeremías 17-5
Ey
Con la verdad, se llega lejos
Súbele a, súbele a mi voz ahí
Un pelín
Ey
En ninguna
Cuídese de la envidia, mijo
Mirándome a los ojos, mi vieja, descanse en paz ya, una vez me dijo
Y qué razón tenía al advertirme de esta vida puerca
No críes cuervos o arrancarán tus ojos de sus cuencas
Me he dado cuenta que la verdad es tan relativa
Y la realidad es tanta mentira
Perros tratando de invadir mi propiedad privá' mientras dormía
Buscando robar mis hembras, mis reales, mi comía'
Maldito sea el hombre que confía en otro hombre
Gran verdad, en esa frase, se esconde
Me siento como un loco al tratar de confiar yo todavía
En alguien en el planeta de la hipocresía
Válgame, soy un iluso
Tan bravo que me la doy
Y el abuso es natural
Que, en contra de mí, den uso
Mundo sucio donde todos piensan
Solo en ellos mismos
Malditos mil veces
Títeres del egoísmo
Esta es pa' ti, pa' ti, tú que me traicionaste a mí
Y me das la mano con tu cara de yo no fui
Y yo inocente te la di, porque todavía no sabía
Que tu risita venía con la fecha ya vencida
Esta canción no es para nadie
Que no tenga ganas de matar a alguien
Por falso y coño de su madre
Otra mano con puñal en mi dorsal
Mano de un tal carnal
Hermano, que mi mano solía estrechar
El más traidor, puede que lo tengas de frente
Bebiendo tus frías o compartiendo tu cena caliente
Ojalá se ahoguen los que siempre mienten
Y, una vez en el infierno, que se quemen para siempre
Nunca había pensado que tu socio puede ser un sucio
Que, por un negocio, te puede dar chuzo
Mi brazo me dice
Que el amor me llevará lejos
Pero el odio me enseñó a ser un lince
Nunca un pendejo
Con los dedos de una mano
Eran contados
Los que esa misma mano
Por ellos, metía al fuego
Ahora, por un zamuro en un traje de cordero
Canserbero está pensando en tener que volarse un dedo
Por eso, ya no creo ni en mi almohada
Ni en mi sombra, o sea, en nada
Ni siquiera creo en mi viejo
Si algún día te digo que te creo
No me creas que te creo
Porque ya no creo ni en mi reflejo
Si buscas una mano amiga, empieza por tu brazo
Eso lo supe a punta de coñazos
Ojalá mi vida sea larga pa' ver cuando la tuya fracase
Y pisar tu mano cuando me pidas que te alce, mi parce
Soy simplemente inexpresivo cuando escribo
Ya casi no bebo ron, sino vino y, de corazón, digo
Que la sucia venganza mata el alma y la envenena
Pero, cuando de traición se trata, sí vale la pena
La palabra vale, la trampa sale
Los varoncitos se ven a los ojos para decir verdades
Déjala colar cuando pierdas batallas, que esa no es la guerra
Y, si alguna te falla, cámbiala por perra
Pon de mierda la sangre y de piedra el corazón
Súbele el volumen, repíteme la oración
Maldito sea el hombre que confía en otro hombre
Los que traicionaron, recuerda sus caras y sus nombres
Solo hay una cosa en ti que admiro
Y es que cómo siendo tan dos caras
Puedes todavía dormir tranquilo
Por mi parte, bien, yo sonrío
Pero por mi madre que no es bueno
Tener a Canserbero de enemigo
El barrio no pasó en vano
Como Willie Colón, en el profundo de mi corazón, soy malo
Estos malditos cagapalos piensan que yo no estoy claro
Que no son un coño de madre mis hermanos
Yo soy la vida y la muerte, y no creo en nada
Ni en leyendas vivas, ni en leyendas muertas, ni resucitadas
Yo soy real como Bolívar y su espada
Dándole puñaladas a los hipócritas por su fachada
Me sabe a mierda, cultura, putas y fama
Esta canción no es pa' que pegue
Ya tiene verdad pegada
Vivirás traumas cuando no tengas panas
Y notes que las que te dicen que te aman
Me miran con ganas
Me sabe a culo el flow y las habilidades
Yo soy tosco, no me salen mis rimas que no sean reales
Dios quiera y no te encuentres a González afuera
Y te invite a una cancha hasta que alguno de los dos se muera
Un coño de madre, caballero, ¿verdad?
Si puedo, te apuñalo hasta con el lápiz que usé pa'l tema
¿Farsantes? Hay más que moscas donde te cagaste
O mal olor donde measte, o sin metáforas, bastantes
Una mano te corta la otra, como dijo Tempo
Y las acciones no se las lleva el viento
Que te perdone Cristo, si existe
Porque, si es por mí, puedo cantar esto
Mientras meo en tu tumba triste
Que suba la mano el que no crea en nadie
Y si nadie la sube, la subo yo
Ojalá te mueras, antiguo compadre
Y nos veamos en el infierno pa' volverte a matar yo
Dios no puede duplicarme lo que pienso cuando te observo
Porque, más de una vez, no puedo entrar al infierno
Y a mí no me digas tu hermano
Que pa' ti soy Canserbero
Rolitranco de mamaguevo
Cuídese de la envidia, mijo
Mirándome a los ojos, mi vieja, descanse en paz ya, una vez me dijo
Y qué razón tenía al advertirme de esta vida puerca
No críes cuervos o arrancarán tus ojos de sus cuencas
Hey, you, you
Deja de llorar, maldita puta
Que yo no he botado lágrimas
Jeremias 17-5
Ei
Dá pra chegar longe com a verdade
Aumenta, aumente a minha voz aí
Um pouquinho
Ei
Em nenhuma
Cuidado com a inveja, filho
A minha velha, que descanse em paz, me disse isso uma vez olhando nos meus olhos
E como ela tinha razão ao me alertar sobre essa vida horrível
Não crie corvos que eles arrancarão os seus olhos de suas cavidades
Percebi que a verdade é tão relativa
E a realidade é cheia de mentiras
Cachorros tentando invadir a minha propriedade privada enquanto eu dormia
Tentando roubar as minhas fêmeas, minha grana, minha comida
Maldito seja o homem que confia em outro homem
Uma grande verdade se esconde nessa frase
Me sinto como um louco ao continuar tentando confiar
Em alguém no planeta da hipocrisia
Valha-me, sou um iludido
Pago de malvado
E a forçação é normal
Contra mim
Mundo sujo em que todos pensam
Só neles mesmos
Mil vezes malditos
Fantoches do egoísmo
Essa é pra você, pra você, você que me traiu
E me cumprimenta com sua cara-de-não-fui-eu
E eu inocente cumprimentei, porque ainda não sabia
Que a sua risadinha vinha com data de validade
Essa música não é pra ninguém
Que não tenha vontade de matar alguém
Por falso e filho da puta
Outra mão com faca nas minhas costas
Mão de um tal mano
Irmão, que costumava apertar minha mão
Pode ser que o mais traidor esteja na sua frente
Tomando suas cervejas ou compartilhando do seu jantar quente
Tomara que os que sempre mentem se afoguem
E, quando estiverem no inferno, que queimem pra sempre
Nunca tinha pensado que um sócio pode ser um nojento
Que, por um negócio, pode te apunhalar
O meu braço diz
Que o amor vai me levar longe
Mas o ódio me ensinou a ser um lince
Nunca um otário
Com os dedos de uma mão
Se contavam
Aqueles que a essa mesma mão
Eu colocaria no fogo por eles
Agora, por culpa de um corvo vestido de cordeiro
O Canserbero tá pensando em ter que arrancar um dedo
Por isso, não acredito mais nem no meu travesseiro
Nem na minha sombra, ou seja, em nada
Nem acredito mais no meu velho
Se algum dia eu te dizer que acredito em você
Não acredite que eu acredito em você
Porque eu não acredito mais nem no meu espelho
Se você tá procurando uma mão amiga, comece pelo seu braço
Isso eu aprendi me ferrando muito
Tomara que a minha vida seja longa pra eu ver quando a sua fracassar
E pisar na sua mão quando você me pedir pra te levantar, meu parça
Sou simplesmente inexpressivo quando escrevo
Quase não bebo mais rum, só vinho e, de coração, eu digo
Que a suja vingança mata a alma e a envenena
Mas, quando se trata de traição, aí, sim, vale a pena
A palavra vale, a enganação acontece
Os carinhas se olham nos olhos pra dizer verdades
Deixe passar quando você perder batalhas, afinal, essa não é a grande guerra
E, se alguém falhar com você, troca essa pessoa por ser cuzona
Sangue de merda e coração de pedra
Aumente o volume, repete a frase pra mim
Maldito seja o homem que confia em outro homem
Lembre-se da cara e dos nomes daqueles que traem
Só tem uma coisa em você que eu admiro
É que como você consegue ser tão duas-caras
E ainda conseguir dormir tranquilo
Da minha parte, tudo bem, eu sorrio
Mas juro pela minha mãe que não é bom
Ter o Canserbero como inimigo
A quebrada não foi em vão
Eu sou mau como o Willie Colón do fundo do meu coração
Esses cuzões desgraçados pensam que eu não tô ligado
Que eles não são meus manos porra nenhuma
Eu sou a vida e a morte, e não acredito em mais nada
Nem em lendas vivas, nem em lendas mortas, nem ressuscitadas
Eu sou real como o Simón Bolívar e a espada
Apunhalando aos hipócritas e batendo de frente
Não dou a mínima pra cultura, pras putas e pra fama
Essa música não é pra grudar
A verdade já tá grudada nela
Você vai ficar traumatizado quando não tiver amigos
E perceber que as minas que dizem que te amam
Olham pra mim com vontade
Foda-se o flow e as habilidades
Eu sou tosco, não consigo fazer rimas que não sejam reais
Queira Deus que você não encontre o González lá fora
Te convidando pra uma partida até que um dos dois morra
Que porra, cara, não é?
Afinal, eu posso te apunhalar até com o lápis que usei pra escrever isso aqui
Falsos? Tem mais do que mosquitos onde você cagou
Ou que o fedor onde você mijou, ou sem metáforas, tem muitos
Uma das suas mãos corta a outra, como o Tempo disse
E o vento não leva as ações embora
Que Cristo te perdoe, se ele existe
Porque, se é por mim, eu posso cantar isso aqui
Enquanto eu mijo no seu túmulo triste
Que levante a mão aquele que não acredita em ninguém
E se ninguém levantar, eu levanto
Tomara que você morra, ex parceiro
E nos encontremos no inferno pra eu te matar de novo
Deus não pode recriar o que eu penso quando te observo
Porque não posso ir pro inferno mais de uma vez
E não me chame de irmão
Pra você eu sou Canserbero
Filho da puta do caralho
Cuidado com a inveja, filho
A minha velha, que descanse em paz, me disse isso uma vez olhando nos meus olhos
E como ela tinha razão ao me alertar sobre essa vida horrível
Não crie corvos que eles arrancarão os seus olhos de suas cavidades
Ei, você, você
Para de chorar, puta desgraçada
Que eu não derramei uma lágrima