Patio mío

Meu Pátio

Patio mío

Está olhando o céu desoladoEstá mirando el cielo desolado
sua história de tijolos e portão,tu historia de ladrillos y portón,
o coração simples, machucado,el corazón sencillo, lastimado,
com um perfil de tango e de galpão...con un perfil de tango y corralón...
Talvez com sua dor encurraladaTal vez con tu dolor arrinconado
te viu na rua velha o paredãote vio en la calle vieja el paredón
e você está naquela esquina do passadoy estás en esa esquina del pasado
ao lado da esquina e do correio.al lado de la ochava y del buzón.

Meu pátio...Patio mío...
donde minha mãe me serviadonde mama me cebaba
e o tano forte desafiavay el tano recio trenzaba
toda noite um desafio...cada noche un desafío...
Meu pátio,Patio mío,
das roupinhas penduradas,de la ropita colgada,
da galera que assobiavade la barra que silbaba
e do barulho bravíssimo.y el zabalaje bravío.
Meu pátio...Patio mío...
bêbado de cachaça forteborracho de caña fuerte
eu sei que um dia você vai embora...yo sé que un día te irás...
Mas vencendo a sortePero venciendo a la suerte
vou te buscar na mortete iré a buscar a la muerte
pra não te deixar mais...para no dejarte más...

Te lembram os compadres, faixa e língua.Te añoran los compadres, faja y lengue.
Te chora o trovador sentimental...Te llora el payador sentimental...
Tangueia entre as sombras seu canyengueTanguea entre las sombras su canyengue
a pálida saia de percal...la pálida pollera de percal...
Malandro que na esquina feridoMalevo que en la esquina malherido
desangra entre tijolos um malvão.desangra entre ladrillos un malvón.
Pra te salvar, pátio, do esquecimentoPara salvarte, patio, del olvido
ele reza seu responso um bandoneón.te reza su responso un bandoneón.