Bendíceme (part. Juaninacka y BCN)
(Aha, yo, movimientos en la sombra, intangibles, ya sabes, bendíceme)
De tan mal que me sentía, sentía que eras oro puro
Siempre hay más inspiración del lado oscuro, te lo juro
Hay mucho blando, poco duro, ve despacio, no hay apuro
No hay mayor tranquilidad que estar en casa, bien seguro y
Yo por lo pronto dejé bien cerrá esa puerta
Y debajo de la cama una cruceta (bendíceme)
Vine a hacer rappel, estoy colgando de sus tetas
Me pregunta si la quiero y no hay respuesta (no, no, no, no)
A estas alturas no creo que cambie
Porque comí hasta hartarme, pero sigo con hambre
Lo hago porque puedo, porque me cura, soy Juan Guerrero
Y debo facturas que no se pagan con dinero
Un nuevo día es un nuevo punto de partida
Prefiero empezar de cero que lamerme las heridas
Te acompaño en la caída, mi comida es tu comida
Pero a un caballo negro no puedes ponerle bridas, ¿sabes?
Los ojos rojos, tengo las manos sudadas
Según yo, ni era tan bueno y tengo gritando a la grada
Estoy medio reventado, apenas media temporada
Mi misión: Que no te falte nada, y a ti no te importa nada
Me traes dobla'o y dolido, jodido
Más difícil pa' tragar si se guisó con pan molido
No me llenan ni diamantes ni zafiros, pero
Qué bien decía esa diabla: La vida da muchos giros
Gané comprensión de algunas verdades
Perdiendo oportunidades y amistades
La lealtad es un bien escaso y cabe en
Una billetera o en el fondo de un vaso
Es licor de agave, cálculos, fórmulas escritas
En mármol, intenciones ocultas, ya sabes
Porque en esta vida no hay nada seguro
Cuando no encuentras la puerta, te toca escalar el muro
Va despacio, tres puntos, hasta el espacio profundo
Préndete otro mientras por necio pregunto, y yo
Siempre jodiendo en mis asuntos, pero qué
Bien sabe la vida cuando la tengo aquí junto
Estoy borrando el rastro que dejo en sus huellas
Aquí hay puro cochinero, se reventó otra botella
Puro polvo estelar, hoy solo el resto de una estrella
Y en el refri hay pollo frío y paella, ella
Teatro del absurdo, solo oigo gritos mudos
Diestros y zurdos buscando lo ancho del embudo
Vale tudo, lo sé, lo que no sé es por qué dudo
Conozco las cerraduras, tengo más llaves que el judo
Ayer no se pudo, pero hoy me lo preparo
Me lo envuelvo con arroz y me lo como crudo
Te lo juro, no juzgo, no estoy de ningún lado
Pienso menos en el pasado y más en el futuro
Amigos se cortan solos, cada uno sus lecciones
A mí entre más me nubla, más me pone a ver qué cara pone
La 27 la escribí haciendo flexiones
Dejé la 28 en nombre de mis malas decisiones
Y dije: Qué más da, otras cuatro más pa' irme
He visto decir te odio a quien antes decía bien firme
El arte encadena, otros dicen nació libre
Yo, como su mirada: Intangible
Bendíceme
Bendiga-me (part. Juaninacka e BCN)
(Aha, eu, movimentos nas sombras, intangíveis, já sabe, bendiga-me)
De tão mal que eu me sentia, sentia que você era ouro puro
Sempre há mais inspiração do lado obscuro, te juro
Tem muito mole, pouco firme, vai devagar, não tem pressa
Não há maior tranquilidade do que estar em casa, bem seguro e
Eu por enquanto deixei bem fechada essa porta
E debaixo da cama uma cruzeta (bendiga-me)
Vim fazer rappel, tô pendurado nos peitos dela
Ela pergunta se eu a quero e não tem resposta (não, não, não, não)
A essas alturas não acho que mude
Porque comi até me encher, mas sigo com fome
Faço isso porque posso, porque me cura, sou Juan Guerrero
E tenho contas que não se pagam com dinheiro
Um novo dia é um novo ponto de partida
Prefiro começar do zero do que lamparinar as feridas
Te acompanho na queda, minha comida é sua comida
Mas a um cavalo negro não dá pra pôr rédeas, sabe?
Os olhos vermelhos, tô com as mãos suadas
Segundo eu, nem era tão bom e tenho a torcida gritando
Tô meio estourado, mal na metade da temporada
Minha missão: Que não te falte nada, e pra você não importa nada
Você me traz machucado e ferido, fodido
Mais difícil pra engolir se foi cozido com pão moído
Não me preenchem nem diamantes nem safiras, mas
Como dizia aquela diabinha: A vida dá muitas voltas
Ganhei compreensão de algumas verdades
Perdendo oportunidades e amizades
A lealdade é um bem escasso e cabe em
Uma carteira ou no fundo de um copo
É licor de agave, cálculos, fórmulas escritas
Em mármore, intenções ocultas, já sabe
Porque nesta vida não há nada seguro
Quando não encontra a porta, você tem que escalar o muro
Vai devagar, três pontos, até o espaço profundo
Acende outro enquanto por teimoso pergunto, e eu
Sempre me metendo nos meus assuntos, mas que
A vida sabe bem quando a tenho aqui junto
Estou apagando o rastro que deixo nas suas pegadas
Aqui só tem bagunça, estourou outra garrafa
Puro pó estelar, hoje só o resto de uma estrela
E na geladeira tem frango frio e paella, ela
Teatro do absurdo, só ouço gritos mudos
Destros e canhotos buscando a largura do funil
Vale tudo, eu sei, o que não sei é por que duvido
Conheço as fechaduras, tenho mais chaves que o judô
Ontem não deu, mas hoje me preparo
Me embrulho com arroz e como cru
Te juro, não julgo, não tô de nenhum lado
Penso menos no passado e mais no futuro
Amigos se cortam sozinhos, cada um suas lições
Pra mim, quanto mais me nublam, mais me fazem ver que cara fazem
A 27 eu escrevi fazendo flexões
Deixei a 28 em nome das minhas más decisões
E disse: Que se dane, mais quatro pra ir embora
Já vi dizer te odeio a quem antes dizia firme
A arte encadena, outros dizem que nasceu livre
Eu, como seu olhar: Intangível
Bendiga-me