Qué Passiá, Qué Passiá,
Qué dá Rolê, Qué dá Rolê.

Que é isso Rodolfo, é um rio?
Não Astolfo é uma rua.
Que é isso Rodolfo, é uma carroça?
Não Astolfo é uma perua.

Perua na fazenda é a mulher do peru,
Perua na cidade é um carro grande pra chuchu.
Perua na fazenda bota ovo,
Perua na cidade leva o povo.

Que é isso Rodolfo, é um bosque?
Não Astolfo é um montão de poste.
Que é isso Rodolfo, um pirulitão?
Não Astolfo é um orelhão.

Orelhão na fazenda é uma orelha bem grandona,
No orelhão da cidade todo mundo telefona.
Telefone na fazenda só na casa da vovó,
A cidade é diferente do paiol.

Na cidade é tudo esquisito,
Mas é tão bonito, mas é tão bonito.
Na cidade é tudo diferente,
Quase não tem bicho, mas tem muita gente.

Qué Passiá, Qué Passiá,
Qué dá Rolê, Qué dá Rolê.
Qué Passiá, Qué Passiá,
Qué dá Rolê, Qué dá Rolê.

Qué isso Astolfo, aviãozinho?
Não Rodolfo é um passarinho.
Que é isso Astolfo, é tapetão?
Não Rodolfo é a grama no chão.

O chão na cidade é Avenida,
O chão na fazenda é terra batida,
Batida na cidade é trombada,
Trombada na fazenda não é nada.

E esse barulho é um apito?
Não Rodolfo, um periquito.
Que é isso Astolfo, é uma cobra com nariz?
Não Rodolfo é uma raiz.

Esse parque é uma fazendinha,
Tem planta, bicho, lago e cerquinha,
Na fazenda tem muito mais bicho,
Mas não tem tanta lata de lixo.

Na cidade é tudo diferente,
Poste, carro, rua e até orelhão.
Mas tem uma coisa que é igual,
No fim do passeio da uma fome animal.

Qué papá, qué papá,
Qué comê, qué comê.
Astolfo qué papá, Astolfo qué papá,
Rodolfo qué comê, Rodolfo qué comê.
Qué papá, qué papá,
Qué comê, qué comê.

Composição: Fernando Salém