Quem me dera estar agora
No ranchinho ao pé da serra
Olhando a Lua no céu
Seu clarão aqui na Terra
Ouvindo os galos cantando
E o novo dia clarear
Abraçar minha mãezinha
Em suas faces beijar
Recordo meu pai saindo
Pro roçado trabalhar
E o gado ruminando
Ainda preso no curral
Vendo o ribeirão descendo
E a cachoeira murmurar
Vendo a roda girando
Do moinho de fubá
Vendo o gado na invernada
As codorninhas passar
A perdiz piando triste
E o carro de boi cantar
Reviver a natureza
Como se eu estivesse lá
Uma tarde perfumada
Pela flor do cafezal
E do estradão coberto
Da poeira da boiada
O repique de um berrante
E um cavalo em disparada
Um ranchinho de caboclo
Uma viola pendurada
Encontrar com a moreninha
A primeira namorada