395px

O Parente

Cseh Tamás

A Vidki Rokon

Kvnom msnak, hogy felbredjen res szobmban,
keresztben jges bombzza szt azt, amit lttam,
szmban az z, valami z, s nem mlik el,

gyamban fellve levetem a kabtomat.
Egy kisvrosban, ha jl emlkszem, tl elszlltam,
hrman is voltak, ott megfogtak egy konyhban,
szrnyam is volt, ott csapkodott, plafonra vert,
ide is tdtem, oda is tdtem s odalent,
s odalent hrman is hvtak: gyere, ne flj mr,
flrertetted, nem gy gondoltuk, hova is szllnl,
szrnyaimbl hullott a toll, s a kisvroson
csendesen tment egy autval egy rokonom.
Ez az a rokon, akire leginkbb szmtottam,
s volt az, aki otthagyott egymagamban,
kint elzgott egy autban, puha estben,
neki elrulnm, hogy ott a konyhban mitl fltem.
Egy kisvrosban, ha jl emlkszem, tl elszlltam,
hrman is voltak, ott megfogtak egy konyhban,
pihegtem ott, s aki fogott, langyos tenyr,
s hallottam mg, tvol egy aut a sztrdra r.
- Tegyk az gyra, fradtnak ltszik, vigyzz, Laci!
- Nem kell mr mindjrt az gyat vlasztani.
- Aludj mr, mi bajod, jszaka van!
- Miket is kiablsz, miket is, szegny fiam!
- Micsoda rokon, micsoda aut, micsoda t?
- Tudtam, hogy vgl, tudtam, hogy vglis idejut!
- Vigyzz, felugrik, fogd meg szegnyt!
- Mit kvnsz, krsz egy kis, krsz egy kis tojslepnyt?
Akkor ht igyunk, ha mr tl vagyunk az ijedtsgen!
Akarod, hogy megcskoljalak? Annyira fltem!
Ott hagytuk abba... hol is, Laci?
Holnap majd elmegynk jegyeket vltani...
Egy kisvrosban, ha jl emlkszem, tl elszlltam,
hrman is voltak, ott megfogtak egy konyhban,
szrnyaimbl hullott a toll, s a kisvroson,
csendesen thajtott egy autval egy rokonom,
csendesen tment puha estben egy rokonom.

O Parente

Acordei de repente, no meu quarto,
procurando a bomba que explodiu, o que eu vi,
na sala a música, algo assim, e não some,

na cama, tirando meu casaco.
Numa cidade pequena, se bem me lembro, eu já tinha ido,
na cozinha me pegaram,
minhas asas batiam, batiam no teto,
e eu fui pra lá, fui pra cá e lá embaixo,
e lá embaixo me chamavam: vem, não tenha medo,
você entendeu errado, não pensamos onde você ia pousar,
das minhas asas caíam penas, e na cidade pequena
passou um carro devagar, um parente meu.
Esse é o parente que eu mais contava,
e foi ele quem me deixou sozinho,
fora, num carro, numa noite tranquila,
e eu queria contar pra ele o que me assustou na cozinha.
Numa cidade pequena, se bem me lembro, eu já tinha ido,
na cozinha me pegaram,
respirando lá, e quem me segurou, mão morna,
e eu ouvi ainda, longe, um carro na estrada.
- Vamos pra cama, parece que tá cansado, cuidado, Laci!
- Não precisa escolher a cama agora.
- Dorme logo, qual é o seu problema, é de noite!
- O que você tá gritando, o que você tá, coitado do meu filho!
- Que parente, que carro, que noite?
- Eu sabia que no final, eu sabia que finalmente cheguei aqui!
- Cuidado, ele vai pular, segura ele!
- O que você quer, quer um pouco, quer um pouco de doce?
Então vamos beber, já que estamos além do susto!
Quer que eu te dê um beijo? Eu tava com tanto medo!
Paramos por aqui... onde mesmo, Laci?
Amanhã a gente vai comprar os ingressos...
Numa cidade pequena, se bem me lembro, eu já tinha ido,
na cozinha me pegaram,
das minhas asas caíam penas, e na cidade pequena,
passou um carro devagar, um parente meu,
passou devagar numa noite tranquila, um parente meu.

Composição: