Era uma vez
Meu senhor, me deixa entrar
Pra que tanta acidez? Eu não vi você sorrir
Tá de bobeira, hein
O amor é quem constrói
O amor é quem constrói, meu bem

Eu não me lembro de nada, eu tava fora de casa
Observando quase tudo, partilhando a madrugada
Eles roubaram minha mala e senti força no peito
Pra gritar pro silêncio que a palavra tem hora
Lavei meus olhos tantas vezes com o gosto do seu beijo
Que pena que lavou

Tudo que passa, passa mesmo quando perdoar
Pra que disfarce, se você não sabe nem mentir?
O tempo passa e passa sempre sem me perguntar
Meu coração me diz que a gente não deve fingir
Meu coração me diz que a gente não deve fingir

Era uma vez
Meu senhor, me deixa entrar
Pra que tanta acidez? Eu não vi você sorrir
Tá de bobeira, hein
O amor é quem constrói
O amor é quem constrói, meu bem

Era uma vez
Meu senhor, me deixa entrar
Pra que tanta acidez? Eu não vi você sorrir
Tá de bobeira, hein
O amor é quem constrói
O amor é quem constrói, meu bem

Eu quero o Sol no meu peito, eu prezo a liberdade
Nessa cidade tudo é tão instigante
Quero a sabedoria de uma vida inteira
Em volta da fogueira com os amigos, sim
Sei levantar bandeira, lúcido o bastante
Ouvindo a tristeza elegante de Jobim

Pra que sonhar tão alto
Se o amor está aqui?
Perto das mãos, o asfalto
Cola aí

Pra que sonhar tão alto
Se o amor está aqui?
Perto das mãos, o asfalto
Cola aí

Cola aí
Cola aí

Era uma vez
Meu senhor, me deixa entrar
Era uma vez
Meu senhor, me deixa entrar

Composição: Cynthia Luz / Zeca Baleiro