El Lenguaje de Los Coleteros (part. Rayden)
Me recuerdas a esa lágrima que necesita
Caer por la cornisa de tu sonrisa
Caer en la cuenta de que no cae por tristeza
Que habita en su cabeza una alegría que se precipita
Me recuerdas al segundo que cambia el abrazo
Para pasar de un mero abrazo a un corazón descalzo
Pegado a otro, que apretados dicen algo
Gritan en voz baja lo que la razón pasa por alto
Me recuerdas a ese punto suspensivo
Que no sabes cómo va a acabar
Pero que acaba y se convierte en final
Como ese punto en el que nada ya es igual
Aunque sea igual
Me recuerdas al adiós que calla un no te vayas
A ese beso que pregunta: ¿Dónde estabas?
A personas que tenía olvidadas
Me recuerdas a mí
Encerrado en mil recuerdos
Para huir de lo que fui
Que se queden mis intentos
Que les joda verme así
Dejales, que tú y yo
Estamos tan lejos de aquí
Ven y hazme un hueco
En nuestro exilio por venir
Encerrado en mil recuerdos
Para huir de lo que fui
Que celebren los inventos
Cuentos que dicen de mí
Dejales, que tú y yo
Estamos tan lejos de aquí
Ven y hazme un hueco
En nuestro exilio por venir
Me recuerdas a la forma en que recoges tu pelo
Anillos de Saturno en tu coletero
Hay tiempo que se escapa que quieres congelar
Al mismo tiempo en que tu corazón comienza el deshielo
A la mirada a la que llamas hogar
A ese aplauso de pestañas entre los parpadeos
Al titubeo de tu voz al cantar
Al regodeo de dos lenguas que se muerden para no gritar te quiero
Me recuerdas al sutil matiz
Que separa el dejarlo atrás y dejar ir
Me recuerdas a la vida que no vive días
La vida que no vive de retroceder
La misma que se muere por vivirse
Y sabe que no es lo mismo vivir que desfallecer
Encerrado en mil recuerdos
Para huir de lo que fui
Que se queden mis intentos
Que les joda verme así
Dejales, que tú y yo
Estamos tan lejos de aquí
Ven y hazme un hueco
En nuestro exilio por venir
Encerrado en mil recuerdos
Para huir de lo que fui
Que celebren los inventos
Cuentos que dicen de mí
Dejales, que tú y yo
Estamos tan lejos de aquí
Ven y hazme un hueco
En nuestro exilio por venir
A Linguagem dos Coqueiros (part. Rayden)
Você me lembra aquela lágrima que precisa
Cair pela beirada do seu sorriso
Cair na conta de que não cai por tristeza
Que habita na cabeça dela uma alegria que se precipita
Você me lembra o segundo que muda o abraço
Pra passar de um mero abraço a um coração descalço
Colado a outro, que apertados dizem algo
Gritam em voz baixa o que a razão ignora
Você me lembra aquele ponto de interrogação
Que você não sabe como vai acabar
Mas que acaba e se torna um final
Como aquele ponto em que nada já é igual
Mesmo que seja igual
Você me lembra o adeus que cala um não vai embora
Aquele beijo que pergunta: Onde você estava?
A pessoas que eu tinha esquecido
Você me lembra a mim
Fechado em mil lembranças
Pra fugir do que eu fui
Que fiquem minhas tentativas
Que se danem de me ver assim
Deixa eles, que você e eu
Estamos tão longe daqui
Vem e faz um espaço
No nosso exílio que está por vir
Fechado em mil lembranças
Pra fugir do que eu fui
Que celebrem as invenções
Histórias que contam sobre mim
Deixa eles, que você e eu
Estamos tão longe daqui
Vem e faz um espaço
No nosso exílio que está por vir
Você me lembra a forma como prende seu cabelo
Anéis de Saturno no seu coque
Tem tempo que escapa que você quer congelar
Ao mesmo tempo em que seu coração começa a derreter
Ao olhar que você chama de lar
Aquele aplauso de cílios entre os piscar
Ao titubear da sua voz ao cantar
Ao deleite de duas línguas que se mordem pra não gritar eu te amo
Você me lembra o sutil matiz
Que separa o deixar pra trás e o deixar ir
Você me lembra a vida que não vive dias
A vida que não vive de retroceder
A mesma que morre por ser vivida
E sabe que não é a mesma coisa viver que desfalecer
Fechado em mil lembranças
Pra fugir do que eu fui
Que fiquem minhas tentativas
Que se danem de me ver assim
Deixa eles, que você e eu
Estamos tão longe daqui
Vem e faz um espaço
No nosso exílio que está por vir
Fechado em mil lembranças
Pra fugir do que eu fui
Que celebrem as invenções
Histórias que contam sobre mim
Deixa eles, que você e eu
Estamos tão longe daqui
Vem e faz um espaço
No nosso exílio que está por vir