Febrero a La Mitad
Con una bola de cristal
Y una carta que por ti
No sabe lo que es mentir
Para decir la verdad
Con la suerte de vivir
Sobre la profundidad
Lo eres todo para mí
Y tal vez un poco más
Con las olas de este mar
Dibujándote la piel
Yo así mismo te querré
Y así mismo me querrás
Del pasado no aprendí
Lo que me deparará
La canción que veo en ti
Nunca la podré cantar
No, no apagues tu luz
Que apagas mi voz
Lo que sin ti se va muriendo libre
Lo que contigo nunca se apagó
No dejes de ser si lo dejo yo
No somos más que puntos cardinales
Pero en una misma dirección
No apagues tu luz, no apagues tu sol
Con tantas cosas que olvidar
Sin argumento que omitir
Te di motivos para huir
Y pocos para regresar
Que pasa un año y pasará
De porcelana el porvenir
Con una década de abril
Con tu febrero a la mitad
No tengo claro dónde está la vida
Tengo segura y precisa la muerte
Por eso voy descalzo en tus mejillas
Para sentirme un poco diferente
Fevereiro para o meio
Com uma bola de cristal
E uma carta que para você
Não sabe o que é mentir
Para dizer a verdade
Sorte de viver
Sobre a profundidade
Você é tudo para mim
E talvez um pouco mais
Com as ondas deste mar
Desenhando sua pele
Eu tambem vou te amar
E então você vai me amar
Não aprendi com o passado
O que vai me segurar
A música que eu vejo em você
Eu nunca posso cantar
Não, não apague sua luz
Você desliga minha voz
O que sem você está morrendo livre
O que com você nunca saiu
Não pare de ser, se eu desistir
Somos apenas pontos cardeais
Mas na mesma direção
Não apague a luz, não apague o sol
Com tantas coisas para esquecer
Nenhum argumento para pular
Eu te dei razões para fugir
E poucos a voltar
Que um ano passa e vai passar
Porcelana no futuro
Com uma década de abril
Com seu fevereiro no meio
Não estou claro onde está a vida
Eu tenho morte certa e precisa
Então eu vou descalço em suas bochechas
Sentir um pouco diferente
Composição: Vicente A. Trigo Junco