395px

Leningrado

DDT

Leningrad

Plyus odin, nol', plyus dva, pochernela Zima
Rastsvetaet Yanvar' yazvoj neba, ha-ha!
S yuga veter pripolz, nesposobnyj na beg,
Pozhiraet, dohlyak, peresolennyj sneg.

A za nim, kak chuma - Vesna. *4
Oh-ha-ha-ha!

A na Nevskij sletelasya staya sapog,
A na Nevskom takaya stoit kuter'ma,
A nad Nevskim v glazok nablyudaet tyur'ma
Sostoyaschaya iz odinokih muzhchin,
Ni nashedshih prichin darovogo tepla.

Neponyatna ves'ma - Vesna. *4
Eh-ha-ha-ha!

A v kanalah voda otrazhaet mosty
I obryvy dvortsov, i kolonn lesa
I stoga kupolov, i kuryatnik-kiosk,
Razdayuschij za tak svyazki vyalenyh roz.
A kul'tura, vspotev v tsellofane dozhdej,
Ob'yavlyaet dlya vseh Nochi Belyh Nozhej
I boimsya vse my, chto dojdem do vojny...

Vinovata ona - Vesna. *4
Oh-ha-ha-ha!

Ej, Leningrad, Peterburg, Petrogradische
Marsovo pastbische, Zimnee kladbische.
Otprysk Rossii, na mat' ne pohozhij
Blednyj, hudoj, evroglazyj prohozhij.
Gerr Leningrad, do pupa zatovarennyj,
Zharenyj, parenyj, darenyj, kradenyj.
Ms'e Leningrad, revolyutsiej mechennyj,
Mebel' palivshij, dom perekalechennyj.
S oknami, babkami, l'vami, titanami,
Lipami, sfinksami, med'yu, Avrorami.
Ser Leningrad, Vy teplom izbalovany,
Vy v yanvare uzhe peretselovany.
Zhadnoj vesnoj vashi s nej otkroveniya
Vskryli mne veny toski i somneniya.
Pan Leningrad, ya vlyubilsya bez pamyati
V Vashi stal'nye glaza...

Napoi do p'yana - Vesna. *4
Ah-ha-ha-ha!

Leningrado

Mais um, zero, mais dois, o inverno escureceu
Janeiro floresce com a cor do céu, ha-ha!
Do sul, o vento vem, incapaz de correr,
Devora, magro, a neve derretida.

E atrás dele, como uma praga - a Primavera. *4
Oh-ha-ha-ha!

E na Nevsky, uma turma de botas chegou,
E na Nevsky, uma lancha está parada,
E sobre o Nevsky, uma prisão observa
Formada por homens solitários,
Que não encontraram razão para o calor gratuito.

Incompreensível, a Primavera - *4
Eh-ha-ha-ha!

E nos canais, a água reflete as pontes
E os recortes dos palácios, e as colunas da floresta
E os cúpulas, e o quiosque de galinhas,
Distribuindo por essas conexões rosas murchas.
E a cultura, suando em plástico sob a chuva,
Anuncia para todos as Noites de Facas Brancas
E todos nós temos medo de que cheguemos à guerra...

Ela é culpada - a Primavera. *4
Oh-ha-ha-ha!

Ei, Leningrado, Petersburgo, Petrograd
Pastagem de Marte, cemitério de inverno.
Um pedaço da Rússia, não parecido com a mãe
Pálido, magro, um transeunte euro-olhos.
Guerreiro Leningrado, cheio até a tampa,
Frito, cozido, dado, roubado.
Mestre Leningrado, marcado pela revolução,
Móvel queimado, casa retorcida.
Com janelas, avós, leões, titãs,
Lípos, esfinges, mel, Auroras.
Coração Leningrado, vocês foram mimados pelo calor,
Vocês em janeiro já foram replantados.
Na avareza da primavera, suas revelações
Desvelaram em mim veias de tristeza e dúvidas.
Senhor Leningrado, eu me apaixonei sem memória
Por seus olhos de aço...

Beba até ficar bêbado - a Primavera. *4
Ah-ha-ha-ha!

Composição: