Aktrisa Vesna
Aktrisa Vesna posle tiazhkoj bolezni snova na stsene.
Legkim dvizhen'em vsporkhnuv na podmostki ottaiavshikh krysh,
Chitaet balet o koshmarnoj liubvi i prekrasnoj izmene,
Tantsuet stikhi o kovarstve geroev i vernosti krys.
Ovatsii ulits raskrasili gorod sviashchennym zelenym.
Ot ehtoj molitvy obrushilos' nebo lavinoj tepla,
Nesmolkaemyj bis ploshchadej zasirenil galerki vliublennykh,
V zalatannykh frakakh fasadov zapolnili parter doma.
Pripev:
Aktrisa Vesna,
Aktrisa Vesna,
Pozvol' nam dozhit',
Pozvol' nam dopet'
Do vesny...
Solntse-gensek musolit lornet v imperatorskoj lozhe,
Mrachno vorchit o rasshatannykh nervakh, chto gret' ne rezon,
Pripodnimaet za podborodki ulybki prokhozhikh,
I, krestias', otkryvaet sem'desiat piatyj teatral'nyj sezon.
Atriz Primavera
Atriz Primavera, depois de uma doença pesada, volta ao palco.
Com um movimento leve, ela se ergue na passarela das coberturas desabadas,
Lê um balé sobre um amor aterrorizante e uma bela traição,
Dança versos sobre a traição dos heróis e a lealdade das ratas.
As ruas aplaudem, colorindo a cidade de um verde sagrado.
Dessa oração, o céu desabou como uma avalanche de calor,
Um brilho incessante na praça encheu as galerias dos apaixonados,
Nos fraques remendados, as fachadas preencheram o salão da casa.
Refrão:
Atriz Primavera,
Atriz Primavera,
Deixe-nos viver,
Deixe-nos cantar
Até a primavera...
O sol-gênio observa com um binóculo do camarote imperial,
Murmura sombriamente sobre nervos à flor da pele, que não aquecem,
Levanta sorrisos de quem passa, segurando pelo queixo,
E, fazendo a cruz, abre a temporada teatral de setenta e cinco.