Ha Sido Crumb
Noto, que me noto raro
Siento, que me siento extraño
lo que estaba encima, ahora está debajo
se me han hecho un nudo, las líneas de la mano
ya no soy yo, soy mi propio holograma
metido en la cama, bajadas las persianas
mi casa, ya no es mi casa
es una isla, la isla del tesoro, y lloro
porque quiero ser silver
pero en vez de con un loro
estoy hablando con un dogo borracho y putero
que no ladra, pero habla con su aliento nauseabundo
y noto que hago agua y que me hundo en mis sabanas pringosas
galerna cotidiana, como cada mañana
que no me reconozco, porque ya no soy el mismo
he perdido mi anclaje, y cuando sube la marea
me mareo porque solo veo pliegues en mi entorno
todo tiene arrugas, todo huele a hongo
ojos que me miraz, botas que me pisan
nalgas y pezones, perdidos en mi cama
mujeres musculosas, que me dan de bofetadas
han sido esos comix, los comix de Crumb
han sido esos comix, los comix de Crumb
mi cerebro ha entrado, en fase terminal, por seguir los consejos de Mister Natural
sueño que viajo agarrado a un muslo enorme
veo el mundo desde al ángulo adecuado
para vivir en pecado carcanl convulsivo
corrompido por un tipo repulsivo
con bigote lamentable sobre el labio superior
y vaya dientes de conejo viejo verde
que te odio y te envidio
porque todos tus dibujos, se los robas a mi mente cuando duermo
so mangante, so chorizo, so ladron!
han sido esos comix, los comix de Crumb
han sido esos comix, los comix de Crumb
mi cerebro ha entrado, en fase terminal, por seguir los consejos de Mister Natural.
Foi o Crumb
Noto que tô me sentindo estranho
Sinto que tô me sentindo esquisito
O que tava em cima, agora tá embaixo
As linhas da minha mão tão todas emaranhadas
Já não sou eu, sou meu próprio holograma
Deitado na cama, cortinas fechadas
Minha casa, já não é minha casa
É uma ilha, a ilha do tesouro, e eu choro
Porque quero ser o Silver
Mas em vez de um papagaio
Tô falando com um dogo bêbado e vagabundo
Que não late, mas fala com o bafo podre
E noto que tô afundando nas minhas cobertas sujas
Tempestade diária, como toda manhã
Que não me reconheço, porque já não sou o mesmo
Perdi meu ponto de apoio, e quando a maré sobe
Fico tonto porque só vejo rugas ao meu redor
Tudo tem marcas, tudo cheira a mofo
Olhos que me encaram, botas que me pisam
Bumbum e mamilos, perdidos na minha cama
Mulheres musculosas, que me dão tapa na cara
Foram aqueles quadrinhos, os quadrinhos do Crumb
Foram aqueles quadrinhos, os quadrinhos do Crumb
Meu cérebro entrou em fase terminal, por seguir os conselhos do Mister Natural
Sonho que viajo agarrado a uma coxa enorme
Vejo o mundo do ângulo certo
Pra viver em pecado carnal convulsivo
Corrompido por um cara repulsivo
Com um bigode ridículo em cima do lábio
E que dentes de coelho velho e verde
Que te odeio e te invejo
Porque todos os seus desenhos, você rouba da minha mente quando durmo
Seu pilantra, seu ladrão, seu bandido!
Foram aqueles quadrinhos, os quadrinhos do Crumb
Foram aqueles quadrinhos, os quadrinhos do Crumb
Meu cérebro entrou em fase terminal, por seguir os conselhos do Mister Natural.