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Campo minado não se sabe quando vai dispara
tapete de mortero, fragmentos no ar,
o barato é loco irmão, pra herói ou vilão
brilho na noite é luz, só to acabo com o som

Eh, amanheceu, faço uma presse pra aquele que me guia
que o clarão da vela branca ilumine o meu dia
a fé move montanha em revés de aço
tapetes de mortero desse campo minado
sangue e dor, terror e pavor
choro e velório pra mãe que fico
lembrança e vingança dos truta de infancia
no ódio e na ancia foi o que resto
é o fato do campo minado
cotidiano vilolento de final embaçado
favela, patria abitada por pessoas humilde
que não conhece caviar ou corrige o wisk
perseverança e humildade agente tem de sobra
preto, favelado com orgulho maloca
de nivel desigual, tipo wisk e cerveja
perseguição de policia favela tira de letra
familia tradicional, o filho mais novo
sonhava com a RR e uns os artigo bem loco
mais no Brasil é raro preto ter lugar ao sol
orfão de pai e sem herança sem dom de futebol
18 anos desperdiçado em busca de um horizonte
tento, foi infelis na fita do mc'donald

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Genética precoce bomba relógio
a cada dor, a cada luta, cada velório
mergulhado em meio ao ódio e a ganancia
desigualdade de uma patria sem esperança
Brasil tribunal de justiça sumaria
insano na rotativa de erros e falhas
que se reflete no muleque muito loco de cola
igual a ele no Brasil nasce cem por hora
campo minado o bagulho é imbaçado
sou tradutor dessa lei
creio naquele que me fortalece
assim vo vencendo um dia por vez
favela, viela, quem morre por ela
la o sistema oprime
a cada passo um soldado, recruta do crime
desnorteado e muito loco
é só mais um de cor
sobrevivendo num sistema que você crio
programou, eh, cobiço os quilates,
ostento a mansão ostento o iate
o mesmo que na Globo, perde em volta do povo
de navio de avião despeja a droga no morro
poem policia nas ruas, contrói a prisão
bate o martelo no forum, te da um Fuzil na mão.
O inimigo é diplomado, usa terno e grava,
mais ao contrario, não se desentende se mata
guerra do trafco, policia, acerto de facção
por onde passa dexa um rastro, sangue e destruição
a investida social de nós não lembro
mais criticando observa a favela no vapor
homicidios comitidos, por quem, pra que?
grupo de exterminio, toque de recolhe
a minha prece foi ouvida, louvado o senhor
a Rota vem pavor, apavoro mais passo
cotidiano violento de final embaçado.
Tapete de mortero, isso é campo minado

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Composição: Maurício