São altas horas da noite
Ainda estou acordado
Contemplando a luz da Lua
Da janela do sobrado

Que me vale ter riqueza
E viver tão desprezado
Pois um homem sem carinho
Não vale um tostão furado

Sobre a minha janela
Onde sempre estou exposto
Vem a brisa carinhosa
Acariciar meu rosto

Até a própria natureza
Reconhece o meu desgosto
Sabe o quanto é doído
A gente amar quem ama outro

A paixão da minha vida
Vive roubando o meu sono
Amanheço acordado
Suspirando no abandono

A paixão rasgou meu peito
Entrou dentro e fez seu trono
De um certo tempo pra cá
Nem de mim não sou mais dono

Composição: João Miranda / Praense