Bombay

Te miro desde arriba por si todo se termina
Quiero que me recuerdes como las primeras veces
Hay algo que no atino a saber por qué no camina
¿Qué será lo que no me deja ver lo que tengo en frente?

Ya no somos pequeños, aprendimos de las cosas
Que nos fueron pasando en lugares diferentes
No te vayas a China que allí no tienen cortinas
Como las que nos escondieron de todos los demás

Te mueves sin sombrilla paseando por las orillas
De la isla que encima se enfada cuando no vuelvo
No todo es culpa mía ahora esto es muy diferente
Y si no lo ves, es que no lo quieres ver, o es que no me puedes ver

Algo que un día brilla también podrá repetirse
Intentas que me lo crea pero me parece un cuento
Hace doscientos días que no me sabe una línea
Y además, no parece que va a cambiar
Aunque ahora me escuches

Solo yo
Te pido que te quedes en
Donde puedas alcanzar
Lo que quieras conseguir

Y en cambio tú
Me pides que me quede en
Donde puedas vigilarme
Hasta que te canses de buscar

Bombay

Te olho de cima caso tudo se termine
Quero que se lembre de mim como nas primeiras vezes
Há algo que não consigo saber por que não avança
O que será que não me deixa ver o que tenho pela frente?

Já não somos pequenos, aprendemos com as coisas
Que nos foram acontecendo em lugares diferentes
Não vá a China que lá eles não tem cortinas
Como as que nos escondiam de todos os outros

Se move sem guarda-chuva passeando pelas margens
Da ilha que ainda por cima se irrita quando não volto
Nem tudo é culpa minha, agora é muito diferente
E se você não enxerga, é porque não quer enxergar ou porque não pode me enxergar

Algo que um dia brilha também pode se repetir
Tentas me convencer mas me parece um conto
Faz duzentos dias que eu não sei uma linha
E além do mais, não parece que vai mudar
Ainda que agora me escutes

Só eu
Te peço que fique
Onde possa alcançar
O que quiser conseguir

E em troca você
Me pede que eu fique
Onde possas me vigiar
Até que você se canse de buscar

Composição: Pablo Diaz Reixa