Baiana, cê me bagunçou
Pirei em tua cor nagô, tua guia, é
Teu riso é Olodum a tocar no Pelô
Dia de FEMADUM, tambor, alegria
Cê me lembra malê, gosto pra valer
Dique do Tororó, Império Oyó
A descer do Orum, bela Oxum
Cujo igual não há em lugar nenhum

O branco da areia da Lagoa de Abaeté
Tá no teu sorriso, meu juízo perde o pé
O canto da sereia vem de boa, eu à toa, é
Prejuízo, pretinha, briso nesse axé

Minha cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca
Só com beijin, com beijin

Minha cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca
Só com beijin, com beijin

Baiana, é bom te ter aqui
Na Salvador de cá, Salvador Dali
Bahia pela mão de Mestre Didi
Do Sol de escurecer o tom dos Kariri
É o mito em iorubá, bonito, pode pá
Água de Amaralina, gota de luar
Deleite ocular, rito de passar
Me lembrou Clementina a cantar

2 de fevereiro, dia da Rainha
Que pra uns é branca, pra nós é pretinha
Igual Nossa Senhora, padroeira minha
Banho de pipoca, colar de conchinha
Pagodeira em linha da Ribeira (eia), cajazeira
Baixada o Tubo, tudo firme e forte na ladeira
Uma pá de cor, me lembrou Raimundo de Oliveira
Meu coração, tua posição, a primeira

A cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca
Só com beijin, com beijin

Minha cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca
Só com beijin, com beijin

Composição: Eduardo Dos Santos Balbino / Emicida