Quando a saudade me abraça
Eu penso em ti; que desgraça!
Eu penso em ti sem querer
E choro como um bandido
Que chorasse arrependido
Porque se deixou prender

Mas a esperança ilumina
Esta saudade assassina
E eu fico a sorrir, então
Fico a sorrir, na esperança
De te afastar da lembrança
Oh mulher sem coração

E revendo na memória
A nossa tristonha história
Vejo o que foi o nosso amor
E revejo-te, fingida
Reduzindo a minha vida
A um brinquedo sem valor

Certas mulheres conheço
Que vendem, conforme o preço
Os seus amores banais
E eu volto a chorar, pensando
Que fui bem tôlo te amando
Pois tu deves ser das tais

Composição: Francisco Alves & Jorge Faraj