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Café Para Dois (part. Alberto Arenas)

Francisco Canaro

Café Para Dos (part. Alberto Arenas)

Vení, hermano sentate
A tomar café conmigo
Quiero conversar contigo
Y a escucharme prepárate

Escúchame te lo imploro
Tomá fumá un cigarrillo
Con el humo del pitillo
Desimulo si es que lloro

Perdoná si te hago a vos
Víctima para escucharme
Es que quiero desahogarme
Mozo, café para dos

Vos sabés que yo he tenido
Mucha suerte en mis amores
Que ya son marchitas flores
Que pasaron al olvido

Pero ahora estoy metido
Y bien caro estoy pagando
No es que me esté traicionando
Ella es más pura que un cielo
Pero con mis crueles celos
Yo la estoy martirizando

Al hablar tiembla mi voz
Por la emoción que me embarga

Sin mis cosas tan amargas
Mozo, café para dos

Tengo miedo, que algún día
Ya cansada de tortura
Ponga fin a la locura
De esta horrible celosía

Más que miedo es cobardía
Lo que siento a cada rato
Temo que en un arrebato
Ella resuelva dejarme
Si eso llegara a pasarme
Yo te juro, que me mato

Café Para Dois (part. Alberto Arenas)

Vem, irmão, senta aqui
Pra tomar café comigo
Quero trocar uma ideia
E se prepara pra me ouvir

Escuta, eu te imploro
Pega um cigarro e fuma
Com a fumaça do cigarro
Disfarço se é que eu choro

Desculpa se te faço de
Vítima pra me escutar
É que eu preciso desabafar
Garçom, café pra dois

Você sabe que eu já tive
Muita sorte no amor
Mas já são flores murchas
Que passaram pro esquecimento

Mas agora eu tô preso
E tô pagando bem caro
Não é que ela me traia
Ela é mais pura que o céu
Mas com meu ciúme cruel
Eu tô martirizando ela

Ao falar, minha voz treme
Pela emoção que me invade

Sem minhas coisas tão amargas
Garçom, café pra dois

Tô com medo, que um dia
Cansada da tortura
Ponha fim à loucura
Dessa horrível ciumenta

Mais que medo, é covardia
O que eu sinto a cada instante
Temo que num surto
Ela decida me deixar
Se isso acontecer comigo
Eu te juro, que eu me mato

Composição: Francisco Canaro