É justo, para se lamentar, a gente abrir mão de segundos preciosos
Que talvez nos trouxessem direto um para o outro?
É justo que um pote de ouro venha ao seu
Encontro (e ao meu)
E desencadeie pânico, paralisação, desastres, desculpas?
É justo te dar um beijo na boca a margem da testa, da fala
E da escrita, de uma represa uma festa?
É justo permitir que uma palavra desgovernada deixe minha boca
E aumente minha resistência a você?
Se uma pessoa só é uma maquina só
E se ela (provavelmente)
Canta, dança, pensa, treme
Aflita
Não será que tem respostas nas pontas dos dedos
- dados, balangandans no pensamento.
Que costumem nos acompanhar?

Composição: Maurício Pereira