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A Tempestade

Hijos de Babel

El Temporal

Voy a pensar en no pensar,
voy a acordarme de olvidar,
de nuevo.

Voy a empezar a terminar,
voy a a parar para apurar,
el tiempo.

Voy a acostarme y esperar
que salga el sol al despertar,
pero no escampa más,
parece eterno el temporal.

Voy a volverme sin marchar,
voy a mentir con la verdad,
sin miedo.

Voy a colgar en el placard
el desdichado verbo amar,
si puedo.

No quiero ser ese costal
que a todo el mundo le hace mal.
Me voy a otro lugar,
ya estoy cansado de cansar.

Si olvido, no puedo,
si puedo, no debo más,
si debo, no quiero
olvidar.

Voy a perder para ganar,
voy a rifar mi soledad,
de nuevo.

Voy a sentarme a ver el flash
y el metro que no llega más,
qué dura realidad,
aunque lo corra, el tren se va.

Si olvido, no puedo,
si puedo, no debo más,
si debo, no quiero
olvidar.

A Tempestade

Vou pensar em não pensar,
vou me lembrar de esquecer,
nova mente.

Vou começar a terminar,
vou parar pra apressar,
o tempo.

Vou me deitar e esperar
que o sol venha ao despertar,
mas não para de chover,
parece eterna a tempestade.

Vou voltar sem sair,
vou mentir com a verdade,
sin medo.

Vou pendurar no armário
o infeliz verbo amar,
se eu conseguir.

Não quero ser esse fardo
que faz mal pra todo mundo.
Vou pra outro lugar,
já tô cansado de cansar.

Se eu esqueço, não consigo,
se eu consigo, não devo mais,
se eu devo, não quero
esquecer.

Vou perder pra ganhar,
vou apostar minha solidão,
nova mente.

Vou me sentar pra ver o flash
e o metrô que não chega mais,
que dura realidade,
mesmo que eu corra, o trem vai embora.

Se eu esqueço, não consigo,
se eu consigo, não devo mais,
se eu devo, não quero
esquecer.

Composição: