Se você tá afim de ofender
É só chamá-lo de moreno, pode crer
É desrespeito à raça, é alienação
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamado de negão

Se você tá afim de ofender
É só chamá-la de morena, pode crer
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Ayê a preferência é ser chamada de Negona

A consciência é o motivo principal
Eu quero muito mais
Alem de esporte e carnaval, natural
Chega de eleger aqueles que tem
Se o poder é muito bom
Eu quero poder também

Se você tá afim de ofender
É só chamá-lo de moreno, pode crer
É desrespeito a raça é alienação
Aqui no Ilê Ayê a preferência é ser chamado de negão

Se você tá afim de ofender
É só chamá-la de morena, pode crer
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Ayê a preferência é ser chamada de Negona

O sistema tenta desconstruir
Lhe afastar de suas origens
Pra que você não possa interagir, construir
Já passou da hora de acordar
Assumir sua negritude é vital para prosperar

Ser negro não é questão de pigmentação
É resistência para ultrapassar a opressão, sem pressão
Lutar sempre igualdade e humildade
Vou subir de Ilê Ayê
E encantar toda cidade

Se você tá afim de ofender
É só chamá-lo de moreno, pode crer
É desrespeito à raça, é alienação
Aqui no Ilê Ayê a preferência é ser chamado de negão

Se você tá afim de ofender
É só chamá-la de morena, pode crer
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Ayê a preferência é ser chamada de negona

Composição: Mario Pam / Sandro Teles