Neste mato de concreto
Só resta um salso chorão
Um raio de Sol aberto
E o pranto pelo chão

Um quero-quero querendo
Espaço para querer
E o salso chorão chorando
Pedindo pra não morrer

O salso plantou sementes
No pranto que derramou
E o canto do quero-quero
O homem não escutou

Por ser mais inteligente
Da natureza o mais forte
Segue plantando sementes
Sentenças da própria morte

Composição: Geraldo Flach / Kenelmo Amado Alves