Kafka
Hardly in the spirit of the era
Delicate and thin skinned
One appeared in front of the jury
Face uncovered against the wind
In this life unprepared
With the script unrehearsed
Beauty of looks, beauty of faults
Frightened and offhand
Deaf to a command
Anguish in an envelope of bliss
Whom to wake up in the morning?
A Gregor or a Josef will it be?
Neglected and abused or wrongfully accused?
Or eventually plague will catch me?
While others see to the horizon I can't see just beyond
I'm microdosing hell staying under a blissful spell
My vision drinks up the ink I dip my eyes in
You came into the world unloved but love
Has found you through a word
Cupid pierced your chest with nibs
The void will bleed with ink
The void will bleed with ink
Absurd of my existence
I'm aching through persistence
The pen will slid the heart, the pen will slid the heart
The void will bleed das nichts!
I showed my bare face it was ripped off like a mask
As they stapped upon a throat of my own song
Unmasking comes in price all that pure is compromised
In exclusion I cement myself alas!
No I'm just a ghost at the attic
Life for me is doing time
The world has shut me down but it's more than just fine
Not everything has a purpose, nothing happens for a reason
How absurd! What a treason for a man!
We are lonely don't feel sorry
And at night when there's not glory
Laugh! Without interruption to cough blood
Oh
Absurd's my existence!
Oh, how absurd!
Kafka
Dificilmente seu espírito se adequava à época
Dedicado e de pele fina
Ele apareceu em frente ao júri
Rosto descoberto contra o vento
Sem preparo para esta vida
Sem ensaiar o roteiro
A beleza do olhar, a beleza das falhas
Assustado e indiferente
Surdo para os comandos
Angústia em um envelope de alegria
Quem acorda cedo de manhã?
Será um Gregório ou um José?
Negligenciado e abusado ou erroneamente acusado?
Ou será que a praga eventualmente me alcançará?
Enquanto outros enxergam o horizonte, não consigo ver além
Tomo uma microdose de inferno estando sob um alegre feitiço
Minha visão bebe a tinta na qual mergulho meus olhos
Você veio a este mundo sem ser amado
Mas o amor te encontrou através do mundo
O cupido perfurou seu peito com flechas
O vazio irá sangrar com a tinta
O vazio irá sangrar com a tinta
O absurdo da minha existência
Estou me machucando com a persistência
A caneta deslizará sobre o coração
O vazio não sangrará
Eu mostrei meu rosto nu, ele foi arrancado feito uma máscara
Enquanto pisoteavam a garganta de minha própria canção
Desmascarar tem um preço, tudo que é puro é corrompido
Em exclusão eu me consolido enfim
Não, sou apenas um fantasma no sótão
A vida para mim é cumprir pena
O mundo me desligou, mas isso é mais que ótimo
Nem tudo tem um propósito, nada acontece por um motivo
Quão absurdo! Que traição para o homem!
Nós somos solitários, mas não sinta pena
E ao anoitecer, quando não houver glória
Gargalhe! Sem interrupção, até tossir sangue
Ah
Minha existência é o absurdo!
Ó, quão absurdo!
Composição: Ievgen Abdiukhanov / Roman Ibramkhalilov / Tetiana Shmailiuk / Vladyslav Ulasevych