Quando irás acabar de contar a tua triste sina
Sabes tão bem quanto eu, que a vida corre-te bem
Tanto que a gente não tem sequer tempo
Para ver e analisar; a vida é só uma e não dá p’ ra estoirar
Quando terás outra igual?
Amigo, quem te fala assim não te pode querer mal

Oh pá, olá! Oh pá! Olá Papá! O Caiá
E assim continua, sentido na rua
Se a gente não liga, ele amua
Então qual é a tua?
E, lá consegue o que quer, não é um artista qualquer
Mas em tod' o caso, dá sempre um abraço a quem quer

Gira a minha vida toda em seu redor
Olho vê, mão pilha, disso ele é capaz
Já dizia o Tio-avô Duarte, de Alte
É vê-lo crescer de menino a rapaz!

Oh pá, olá! Oh pá! Olá Papá! O Caiá
E lá na escola ele é um artola
Mesmo quando põe o pé na argola
Rapidamente usa a tola
E lá consegue disfarçar e assim, se livra de apanhar
Ele é que é o bom, mas é de bom tom simpaticar!

Gira a minha vida toda em seu redor
Olho vê, mão pilha, topa o pormenor
Já dizia o Tio-avô Duarte, de Alte
É vê-lo crescer a fazer a parte!

Oh pá, olá! Oh pá! Olá Papá! O Caiá
Sempre prazenteiro fala o dia inteiro
Se a gente não liga, cai o mundo inteiro
Se querem vê-lo brilhar, é pô-lo na água a nadar
Com a Teresa a surfar
Mergulha e toca-nos, parece uma foca a brincar!

Gira a minha vida toda em seu redor
Olho vê, mão pilha, topa o pormenor
Já dizia o Tio-avô Duarte, de Alte
É vê-lo crescer um rapaz à parte!

Composição: José Assis / Rafael Clifton