Entre patas e relinchos e alguns manojos de crinas
É que vive esse ginete entre o Rio Grande e a Argentina
Pra entregar um cavalo manso, só quando a doma termina
Do potro, me fiz escravo, tropilha buena de brabos
Que um índio taura arrocina

Forma potros na mangueira, pealo e boto o buçal
Em seguida, a maneia, depois, enfio o bocal
Sempre tive esse cuidado, no golpear, não puxar mal
É a forma que aprendi a doma tradicional
É a forma que aprendi a doma tradicional

Bem orelhado o ventena, boto a carona e o socado
Cincha no osso do peito e deixo bem apertado
Pelego, cinchão e rabicho, monto que já está encilhado
Se o maula sair berrando, as rosetas vão cortando
Eu vou batendo cruzado

Forma potros na mangueira, pealo e boto o buçal
Em seguida, a maneia, depois, enfio o bocal
Sempre tive esse cuidado, no golpear, não puxar mal
É a forma que eu aprendi a doma tradicional
É a forma que aprendi a doma tradicional

Gosto do urco veiaco' que saiba corcovear
Destes que dobra o espinhaço fazendo um arco no ar
Que se brandeie lá em cima tentando me derrubar
Deixo o clinudo cortado, depois, de queixo quebrado
Aprende a me carregar

Forma potros na mangueira, pealo e boto o buçal
Em seguida, a maneia, depois, enfio o bocal
Sempre tive este cuidado, no golpear, não puxar mal
É a forma que aprendi a doma tradicional
É a forma que aprendi a doma tradicional

Composição: Getulio Silva / Walther Morais